O presidente da Saneago, Jalles Fontoura, informou nesta terça-feira (31) que entre maio e final de junho houve uma redução no consumo de água na grande Goiânia e região metropolitana. Essa redução resultou em uma queda de receita de R$ 6 milhões às contas da Saneago.
“Houve uma redução de consumo na grande Goiânia de R$ 6 milhões no faturamento da Saneago. Em água isso corresponde a 300 litros por segundo que foram economizados. É um consumo, por exemplo, da metade da cidade de Anápolis. É muita coisa. Então, é um número espetacular. Tem uma mídia espontânea que foi feita pelos veículos de comunicação que deu resultado. Porque a Saneago está em todas as casas. Todas pessoas sabem, precisam da água e do esgoto, e percebem isso [que é preciso economizar]. A mídia foi muito importante. Estamos esperando o TRE liberar uma campanha também que a própria Saneago está fazendo e tem que ser autorizada para moderar o consumo. Essa redução que a Saneago teve no faturamento foi de redução de consumo de água”, afirmou.
Segundo Jalles Fontoura, a população goiana parece ter entendido a importância de reduzir o desperdício de água, que ajuda no abastecimento e distribuição de água no Estado em épocas de seca.
“Então, as pessoas estão fazendo isso. E é muito possível. A ONU fala que as pessoas têm que consumir 110 litros por dia. A média de Goiás é 130. Então, tem um espaço de 110 para 130, de 20 litros por dia, que dá para a pessoa trabalhar essa economia, na hora de tomar banho, de ir ao banheiro, escovar o dente, molhar o jardim. Quer dizer, à medida que a pessoa tenha sempre na cabeça “Preciso economizar”, ela vai fazer essa redução e isso vai ajudar muito a ter água para todos”, disse.
Além disso, o presidente ressaltou que não haverá crise hídrica em Goiás como ocorre em São Paulo e Distrito Federal, e que cada cidade deve ter uma estratégia diferente para que não haja falta de água durante a época de seca.
“A situação de Goiás é interessante e até melhor do que São Paulo, do que Brasília, do que o Brasil de forma geral, porque Goiás é o berço das águas, das grandes bacias nacionais. Então, nós temos água. Isso é importante. Agora, como chegar com essa água na casa das pessoas em uma época de escassez hídrica? Porque nós temos seis meses de muita chuva, chuvas importantes em todo o país, que são destaques, 1,5 mil milímetros por ano e uma época de sem chuva. Então, hoje é o céu azul do cerrado, a natureza seca, amarelada, essa fase que temos que equilibrar com tecnologia. Então, o desafio da Saneago é sustentar água, fazer soluções, cada município é um município, a solução de Goiânia é diferente da solução de Jaraguá, de Porangatu, de Itumbiara. Então, criar soluções locais. Aliás, água e esgoto são soluções locais do município, trabalhar isso para poder otimizar a extração da água em um clima sem chuvas e pedir à população moderação no consumo”, concluiu.
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