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Goiânia
| Em 4 anos atrás

RedeMob sugere fechar terminais na Região Metropolitana de Goiânia

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A RedeMob Consórcio apresentou na manhã desta terça-feira (7) uma proposta para que os terminais que integram a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) sejam fechados durante o período de epidemia da Covid-19. A sugestão foi levada à Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) nesta segunda-feira (6) e será debatida nos próximos dias.

A ideia, segundo o diretor executivo do consórcio, Leomar Avelino, é reduzir aglomerações e, por conseguinte, minimizar riscos de contágio no transporte público. “Nossa expectativa é que essa ideia ganhe força, tenha uma repercussão positiva e que haja um entendimento que esse rumo é melhor do que o que estamos, aglomenrando pessoas nos terminais, com grande possibilidade de contaminação”, afirmou.

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Conforme dados da RedeMob, observou-se uma diminuição de 71% na demanda dos ônibus, levando em conta os números de segunda-feira (6), comparados à média do ano passado. Mesmo assim, as aglomerações prosseguem, de acordo com Avelino, pela própria característica de hub dos terminais e também por outros fatores. “O transporte coletivo em Goiânia não possui prioridade para circulação de ônibus e ainda conta com uma infraestrutura muito antiga, com mais de 20 anos sem investimentos”, argumentou.

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Para substituir os serviços dos terminais, a ideia é criar linhas diretas dos bairros mais populosos, a origem, para locais com maior demanda, o destino. “Isto encurtará o tempo de viagem do usuário, pois o tempo de integração e trasbordo será eliminado”, justifica o estudo da RedeMob. A ideia é implantar paulatinamente a proposta, entre 11 e 23 de julho, fechando-se, primeiro, terminais com menor demanda, depois os de maior demanda.

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Integração

Conforme Avelino, a maioria absoluta dos usuários não precisará de fazer qualquer tipo de integração, evitando novos gastos com passagem. Para os que precisarão do trasbordo, a sugestão seria utilizar o Cartão Integração. “Já existe uma grande quantidade de pessoas que o utilizam e podem usá-lo para viajar sem pagar nova passagem. Um ou outro podem ter que pagar nova passagem, mas seria a minoria, da minoria, da minoria”, ponderou.

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O diretor geral não descarta o prejuízo a alguns usuários, que poderão ter mais tempo de deslocamento e eventualmente precisem de utilizar outros ônibus. “São efeitos colaterais”, justifica. “Mas aqui estamos olhando para um universo maior, de 90% a 95% de quem utiliza”, argumenta. Segundo Avelino, estudos técnicos específicos para cada um dos 21 terminais são preparados. “São terminais com caraterísticas diferentes, que vão exigir soluções diferentes. Algum efeito colateral vai acontecer, mas a maioria será beneficiada, inclusive com a redução do tempo de viagem”, reforça.

Eixo Anhanguera

Fechar terminais do Eixo Anhanguera é tida como uma questão mais complexa. Por ser BRT, Avelino admite que é necessário uma discussão mais profunda e que talvez não fosse possível interditar todos. Para ele, porém, é urgente interromper os serviços em alguns específicos, como no Terminal da Praça A. “Alguns precisam ser fechados, pois são os mais saturados”, alega.

CMTC

Em nota, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos afirmou “que toda ação que possa melhorar o serviço ao usuário terá o apoio do gestor público neste período de pandemia”. A CMTC disse que aguarda o envio da proposta técnica para avaliar a sua aplicabilidade sem prejuízos à operação.

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Rafael Tomazeti

Jornalista