As empresas do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia colocaram em operação nesta quinta-feira (11/03) todos os ônibus disponíveis em suas frotas, inclusive, os que ficam à disposição de forma extra e a reserva-técnica, isto é, aqueles veículos que normalmente ficam “plantonados” que substituem possíveis quebras dos carros em operação. No entanto, segundo o RedeMob Consórcio, mesmo com todos em atividade, é impossível atender a demanda de circularem apenas com passageiros sentados.

De acordo com estudos técnicos da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), para que a Metrobus, empresa estatal, possa operar com apenas passageiros sentados na realidade atual seriam necessários mais 200 ônibus para rodar apenas no Eixo Anhanguera para conseguir atender a demanda no horário de pico. Hoje são 99 ônibus entre articulados e biarticulados em operação. Portanto seriam necessários quase 300 ônibus no total para atender ao transporte de apenas passageiros sentados no eixo. Uma frota 2 vezes maior do que a que a Metrobus já teve seja na história da empresa ou nos mais de 40 anos do Eixo Anhanguera.

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Já para o atendimento às demais linhas, seriam necessários 1.850 veículos convencionais para levar apenas passageiros sentados nos horários de pico. Portanto, “seria necessário um incremento de aproximadamente 1.000 ônibus na frota existente da RMTC para transportar passageiros somente sentados no período do lockdown, conforme determinação legal e judicial. Isto significa praticamente dobrar a quantidade de ônibus convencionais e articulados na operação em relação à quantidade prevista nos contratos de concessão e que eram utilizados antes da existência da pandemia por COVID-19”, analisa Leomar Avelino.

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Empresas pedem consciência da população

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O transporte coletivo não sustenta o grande volume de pessoas ainda em circulação pela cidade, e de acordo com o consórcio das empresas, não adianta apenas fiscalização nos terminais feita pela Polícia Militar e Guarda Municipal. Por outro lado, é fundamental que haja uma tomada de consciência coletiva para que as pessoas não saiam de casa neste momento em que vivemos com o fortalecimento da pandemia em todo o Brasil.  

Por isso, Leomar faz um apelo. “O RedeMob e os mais de quatro mil profissionais do sistema de transporte coletivo fazem um apelo pela autopreservação, o auto cuidado e a urgente necessidade de as pessoas permanecerem em casa. O transporte público é coletivo e essencial, tem natureza de aglomerar pessoas, por isso é tão importante ficar em casa cumprindo o decreto municipal do lockdown e deixar o transporte para quem, em essência, precisa usá-lo”. 

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