O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB) indicou nesta quarta-feira (2), cinco vereadores que farão parte de comissão que revisará o Plano Diretor da capital. Após o anúncio ocorreram muitas reclamações em plenário por conta da ação de Andrey, a mais contundente foi de Romário Policarpo (PTC), que queria integrar a comissão, mas ficou na suplência e declarou que o presidente perdeu um amigo na Câmara.
Os cinco titulares para participar da comissão foram: Anselmo Pereira (PSDB), Sabrina Garcez (PMB), Izídio Alves (PMDB), Eduardo Prado do (PV) e o próprio presidente Andrey Azeredo. Os suplentes escolhidos inicialmente foram: Elias Vaz (PSB), Clécio Alves (PMDB), Carlim Café (PPS), Oseias Varão (PSB) e Romário Policarpo.
Carlim Café cedeu a vaga dele para Lucas Kitão que reclamou das indicações em plenário. Clécio Alves abriu mão de ser suplente da comissão e ainda Romário Policarpo que declarou que por ter sido preterido não tem interesse de ser suplente. O presidente deverá fazer a substituição dos suplentes. Andrey Azeredo explicou que a escolha foi uma prerrogativa dele e que foram adotados alguns critérios.
“Há um balanceamento entre os vereadores que já participaram da elaboração do último Plano Diretor e dos novatos. Além disso, foi respeitado a proporcionalidade dos blocos existentes. Aqueles que não possuem blocos foram escolhidos por critérios nossos baseados na atividade e experiência, como o vereador Izídio Alves”, destacou o presidente.
Queixas
Romário Policarpo reclamou que o presidente Andrey age como se fosse secretário da Prefeitura de Goiânia. O parlamentar reclamou bastante da postura do presidente da Câmara Municipal. Policarpo disse que havia conseguido apoio de 20 vereadores para compor a comissão. Ele disse que sofreu uma “rasteira” do presidente.
“Eu dormi presidente da Comissão Mista e acordei fora da comissão. Aquele momento passou. Agora novamente tomei mais uma rasteira do presidente. Minha relação será de evitar até os bons dias com essa atitude dele”, afirmou.
Questionado pela reportagem do Diário de Goiás sobre este assunto, o presidente da Câmara, argumentou que não deu nenhuma “rasteira” em ninguém.
“Primeiro que não dei rasteira em ninguém. Eu conversei previamente com ele e informei que ele seria contemplado na comissão enquanto suplente. Essa comissão é um ato gracioso do Executivo porque não há necessidade do Legislativo participar neste momento, mas eu pedi que desde já a Câmara tivesse oportunidade de participar. Mas a última palavra será da Câmara, o projeto chegará a esta Casa e todos terão como debater”, afirmou.