O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou aos Estados Unidos na noite desta sexta-feira (30/12) onde passará uma temporada recluso e afastado da política. Derrotado nas eleições de outubro, ele dirigiu a mansão que o ex-lutador de MMA José Aldo tem em Orlando.
Ao chegar no local, sua presença não passou despercebida. Brasileiros que moram na vizinhança fizeram uma pequena recepção aos gritos de ‘melhor presidente do Brasil’ e ‘mito’, como tradicionalmente é chamado por apoiadores.
Bolsonaro acenou rapidamente aos apoiadores que o recepcionaram e se recolheu. Ele estava acompanhado de cinco assessores, seguranças e da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da caçula, Laura.
Em um de seus últimos atos, Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo. O futuro ex-presidente condenou a tentativa de explosão em Brasília, no último sábado (24) e ainda criticou a imprensa por chamar o suspeito preso de ”bolsonarista”.
“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como ‘bolsonarista’ o tempo todo”, disse.
O presidente também criticou o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo Bolsonaro a gestão do petista começa ”capenga” e ainda completou ”perde-se batalha, mas não perdemos a guerra”.
”Vamos mostrar que somos diferentes. Nada está perdido e que o Brasil não vai se acabar neste 1º de janeiro, o Brasil não se ‘sucumbirá’, acreditem em vocês”, disse Bolsonaro.
Emocionado, Bolsonaro ainda comentou sobre as eleições. Segundo ele, fez o possível pela reeleição e criticou também os novos ministros escolhidos pelo petista.
Sobre as manifestações, o presidente disse que elas são espontâneas e não são lideradas por ninguém, e segundo ele, não tem participação nos atos antidemocráticos que se espalharam pelo país desde sua derrota. ”Eu me recolhi”, destacou.