O último capítulo para o reajuste da passagem do transporte coletivo na Grande Goiânia começou a ser escrito no final de semana passado. Os motoristas e trabalhadores das empresas de ônibus – que têm o monopólio das linhas da capital – aprovaram um indicativo de greve.
Ato contínuo foi divulgado na imprensa que os “pedidos” feitos pela Prefeitura de Goiânia e o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) já foram atendidos pelas empresas. O curioso é que não foram feitas pesquisas entre os usuários para saber se algo melhorou.
Então, agora já é dado como certo que no mês de maio deve ter o reajuste, a passagem deve subir para R$ 4. Se bem que em alguns lugares já está sendo vendida assim, como chegam denúncias todos os dias aos vereadores e aos órgãos de imprensa.
O reajuste será tranquilo se as empresas conseguirem “convencer” o poder público de que atenderam as exigências. Se somente isso não for suficiente, dois ou três dias de greve, e o caos instalado na cidade, vão levar a uma ampla reunião, na qual será decidido reajustar para aumentar o salário dos motoristas.
Da reunião, os empresários devem sair insatisfeitos, afirmando que estão com déficit e operam no vermelho. O poder público dirá que foi feito o possível e que vai continuar cobrando que o contrato seja cumprido e os motoristas não ficarão felizes porque o reajuste foi abaixo do que eles entendem que precisam.
Mais uma vez, os usuários não serão ouvidos e terão que se acostumar a pagar mais caro pela passagem de um transporte que nada melhorou nos últimos anos. E a discussão vai ficar congelada por mais um ano, até que de novo voltemos a falar sobre o reajuste da passagem do transporte coletivo.