Com um show multicolorido, cheio de camadas de som e de canções benquistas pelo público, os ingleses do Radiohead abriram sua segunda passagem pelo Brasil apresentando-se no Rio, na noite desta sexta (20), na Jeunesse Arena.
As 10 mil pessoas presentes, segundo os organizadores, viram uma apresentação visualmente elegante e sofisticada, com um repertório de 27 canções que privilegiou os álbuns “In Rainbows” (2007), “Ok Computer” (1997) e “A Moon Shaped Pool” (2016) -este, o mais recente da banda.
O quinteto -Thom York (voz, guitarra), os irmãos Jonny (guitarra) e Colin Greenwood (baixo), Ed O’Brien (guitarra) e Phil Selway (bateria)- entrou em cena às 22h13 e, já nas duas primeiras canções, mostrou o escopo sonoro que o show teria.
Os acordes de piano da delicada “Daydreaming” instalaram um clima etéreo na arena, complementado pelo jogo de luzes e pelas projeções no telão oval no centro do palco. Na sequência, a acelerada batida de “Ful Stop”, com suas camadas de eletrônica e guitarra, tiraram a plateia do sonho direto para a pista de dança.
Essa alternância entre delicadeza (em canções como “Pyramid Song” e “No Surprises”) e aceleração (vide “15 Step” e “Bodysnatchers”) seria a tônica da noite.
“Dá até pra dançar esquisito”, como disse um espectador durante a percussiva e jazzística “Bloom”, na qual, além de duas baterias, Jonny Greenwood também assume as baquetas para batucar em um kit menor.
O público, a propósito, ajudou a dar energia ao show, ora assumindo o coro (em sucessos como “Lucky”), ora marcando o ritmo com palmas (“Weird Fishes/Arpeggi”), ora dançando com gosto (“Idioteque”).
No encerramento, o bis trouxe os maiores hits, e aí a seleção é um tanto aleatória. O Rio não ouviu “Creep” nem “Fake Plastic Trees”, por exemplo, mas teve a acústica “True Love Waits” (que não estava prevista no setlist -Yorke tocou sozinho, ao violão) e a dobradinha “Paranoid Android” e “Karma Police”, fechando as quase duas horas e meia de show com uma grande cantoria coletiva.
(Folhapress)
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