Publicidade
Esportes
| Em 3 anos atrás

Questão da presença de público cria racha entre Flamengo e os outros 19 clubes da Série A

Compartilhar

A insistência do Flamengo em permitir a entrada de torcedores nos jogos disputados pela equipe rubro-negra no Maracanã gerou um racha que está opondo o clube carioca à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e às demais equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.

Os 19 adversários do Flamengo e a direção da CBF decidiram em reunião nesta quarta-feira (8), por unanimidade, proibir a presença de público até que ela possa ser liberada para todos os 20 clubes ao mesmo tempo.

Publicidade

Na terça-feira (7), a gestão do prefeito carioca, Eduardo Paes (Democratas), havia aceitado pedido do Flamengo para liberar a presença de torcida no Maracanã em três das próximas partidas que estão na agenda rubro-negra, que seriam consideradas como eventos-teste.

Publicidade

A presença de torcedores pode ter o efeito de turbinar o desempenho do Flamengo dentro de campo, e a situação é vista como injusta pelos demais clubes. Após a vitória contra o Palmeiras por 3×1 nesse último domingo e com a possibilidade de jogar com torcida, as odds do Flamengo estão cada vez maiores nos sites de cassino. Para saber mais, veja porque a Betboo é legal para entender quanto essa situação pode influenciar nos próximos jogos.

Publicidade

As três partidas para as quais a prefeitura do Rio liberou a presença de torcida são as seguintes:

– o jogo de volta contra o Grêmio pela Copa do Brasil, na próxima quarta (15), para o qual foi liberada cerca de 35% da capacidade do estádio

Publicidade

– o jogo do próximo dia 19 pelo Brasileirão, também contra o Grêmio, que poderá preencher 40% da capacidade do Maracanã

– a semifinal da Copa Libertadores contra o Barcelona de Guayaquil, marcada para o dia 22, jogo para o qual a prefeitura permitiu a lotação de 50% do Maracanã

A partida pelas quartas de final da Copa do Brasil contra o Grêmio é particularmente sensível porque o jogo de ida já foi disputado na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e não contou com público – o Flamengo venceu por 4 a 0. Agora, a equipe gaúcha está ameaçando não entrar em campo no Maracanã caso haja torcedores dentro do estádio.

A ação tomada pela CBF e por 19 clubes da Série A tira o efeito prático da medida da prefeitura com relação ao jogo contra o Grêmio válido pelo Brasileirão. Com relação às outras duas partidas, a CBF e os clubes decidiram, na mesma reunião, entrar com uma ação no STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) para derrubar a decisão da prefeitura do Rio que favorece o Flamengo.

“Os 19 clubes participantes do Conselho Técnico decidiram, por unanimidade, que somente haverá o retorno de público às partidas da Série A do Campeonato Brasileiro quando as autoridades públicas de todas as cidades dos clubes participantes autorizarem, garantindo a isonomia total na competição”, afirma a nota da CBF que informa sobre a decisão.

O Flamengo não participou da reunião. Em nota, o rubro-negro declarou que vê o assunto da presença de público como uma “questão de suma importância, tanto no relacionamento dos clubes com seus torcedores como também na sobrevivência financeira das entidades desportivas”.

Em entrevista ao Seleção SporTV, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, disse que o clube não compareceu à reunião “porque entende que a CBF não tem competência para tratar” do assunto.

“Os clubes precisam sobreviver. Fico surpreso que a Confederação Brasileira de Futebol esteja trabalhando contra isso. O Flamengo quer fazer esses jogos porque tem uma atividade econômica exercida. Já estamos jogando na Libertadores, e agora que o prefeito o Rio liberou, queremos fazer esses jogos”, afirmou Dunshee.

O rubro-negro tem batido o pé com relação à presença de torcida há semanas. Recentemente, transferiu dois jogos que disputou como mandante para o estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde o público é permitido – em julho, contra o Defensa y Justicia, com vitória de 4 a 1 e em agosto, contra o Olimpia, com mais uma goleada: 5 a 1.

Antes, na final do Campeonato Carioca, em maio, o Flamengo também havia tentado jogar com torcida e teve o apoio da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro). O Fluminense, que disputou a decisão contra o Flamengo, se manteve contrário e, após enfrentamentos nos bastidores, a final ficou sem torcida.

Publicidade