“A felicidade não é uma dádiva E SIM a recompensa de um esforço constante e bem orientado”! ( COMPARATO, Fabio Konder)
Atualmente fala-se muito em felicidade, como se esta fosse uma conquista aleatória aos nossos esforços, ou seja, como se ser feliz fosse um prêmio que determinadas pessoas merecessem e outras não.
Conferimos o poder da escolha pela nossa felicidade ao nosso líder, afinal as determinações dele e a forma como ele gere o relacionamento com sua equipe pode me fazer feliz ou infeliz. Outras vezes a conferimos aos colegas de equipe, pois o engajamento deles com o propósito da organização e da liderança terá um impacto determinante em minha “qualidade de felicidade”.
Há ainda os que a conferem a um ser amado, a uma conquista, a uma aquisição. Noutros ainda, a felicidade virá com os filhos, com a formatura, com o mestrado ou o doutorado. E nesta eterna espera e movimento externo temos construído um cenário repleto de pessoas frustradas, estressadas, ansiosas e angustiadas.
O que todos esses aspectos têm em comum e como eles nos enganam em relação à felicidade?
A felicidade não é um presente, não é uma dádiva celestial! A felicidade é resultado de uma vida com sentido, com propósito e clareza de intenções e metas. A felicidade é essencialmente uma busca e consequentemente uma conquista pessoal. Para ser feliz, verdadeiramente, é preciso assumir-se como protagonista de sua existência e nesta ênfase incluímos a nossa carreira, as nossas escolhas e as consequências dessas na saúde, nos relacionamentos, na vida financeira, na espiritualidade e em todas as dimensões de nossas vidas.
Não reclame de pagar a mais pela conta que passou do dia e que exigirá que você vá ao banco e espere em longas filas. Não justifique com este fato sua infelicidade, seu estresse, sua irritabilidade. Ao contrário, use esta situação como aprendizagem e assim organizando-se para não repeti-la. Troque reclamação por modificação de ação e tomada de consciência de suas responsabilidades. Protagonize-se!
Protagonize-se fazendo escolhas conscientes, refletindo antes de uma tomada de decisão, organizando-se para as situações do cotidiano: conflitos, relacionamentos, agendas apertadas, metas a serem batidas, trânsito pesado, pessoas em desequilíbrio. Protagonize-se não permitindo que a desorganização do outro assuma o controle das suas condutas, que a irritabilidade alheia não lhe cause desgastes excessivos e desnecessários e que o seu universo seja regido por você.
É possível que você esteja se perguntando agora: “mas como fazer isso em meio a tantos desgastes e dificuldades”? Vamos a 5 dicas, simples e possíveis:
1- Tenha clareza do sentido de sua existência: Quem é você? Quais seus valores? Viva em comunhão com eles!
2- Saia da ‘culpabilização’! Não se permita assumir o papel de vítima, reflita: por quais motivos/escolhas você está naquele lugar, com aquelas pessoas e nestas situações? Assuma o seu papel, a sua responsabilidade diante da vida e das situações cotidianas!
3- Lembre-se que há sempre 3 possibilidades diante de um problema ou incômodo: podemos evitar o fato, fugindo ou negando sua existência; podemos agir com desequilíbrio emocional nos entregando as reações e todo efeito neuroquímico que provocam em nosso corpo ou podemos pensar em formas de resolver o incômodo. Qual a melhor opção? Certamente assumir sua autoria sobre a situação e buscar uma forma “real” de resolvê-la. Não adie uma tomada de decisão que simplifique sua vida e lhe traga equilíbrio emocional.
4- Respire! Respire profundamente! Acalme-se! Utilize a razão para educar a emoção.
5- Use a ideia do sinaleiro das emoções: quando algo lhe trouxer angustia, irritação, desequilíbrio, raiva: PARE, não é hora de agir! Respire profundamente por várias vezes, retendo o ar o máximo que conseguir (nesse momento você permite que suas células sejam oxigenadas). Depois de se acalmar, pense na melhor solução e realize.
Conforme sinaliza Comparato, ser feliz é “a recompensa de um esforço constante e bem orientado”, ou seja, esforce-se, tenha foco, assuma autoria sobre sua vida e suas escolhas. Saia da ‘culpabilização’ e não tenha foco nos problemas, mas na solução!
E lembre-se: ser feliz é uma escolha!
Quer ser feliz? Protagonize-se!
Carmen Silvia Carvalho