Publicidade
| Em 3 anos atrás

‘Quem gosta de queimar aqui é você’, diz vereador a colega na Câmara de Forquilha

Compartilhar

Durante um debate entre parlamentares na Câmara Municipal de Forquilha, cidade a 190 quilômetros de Fortaleza, o vereador Eliezer Siqueira (PSD) acusou o colega Sebastião Frota Neto (PSB) de homofobia. Na ocasião, eles discutiam sobre o piso salarial dos professores municipais.

Eliezer discursava quando começou a troca de ofensas com o colega de profissão “eu peço que o senhor me respeite”, disse. Em nota enviada ao Estadão, Frota argumentou que o colega usou a fala de “forma dolosa para causar uma acusação injusta e lastimável”. Os xingamentos se intensificam após uma hora de duração da sessão parlamentar. Veja o vídeo:

Publicidade

No registro, é possível escutar Sebastião gritando “moleque”. De imediato, Siqueira retrucou “você que é um moleque, rapaz. Você que se queimou, que fica discutindo com o público”. Foi neste momento que o parlamentar acusado disparou “quem gosta de queimar é você”.

Publicidade

A discussão continuou. Siqueira afirmou que Sebastião estava sendo homofóbico e pediu respeito. Ao longo do bate-boca, Eliezer insinuou que o colega deveria “criar vergonha na cara e deixar a cara de santo que tem”. Diante da confusão, as pessoas que acompanhavam a sessão parlamentar começaram a gritar. O debate aconteceu nesta quarta-feira, 23.

Publicidade

Nas redes sociais, Eliezer levantou o questionamento. “‘Quem queima aqui é você…’ Termo dirigido a uma pessoa homossexual, colega de profissão em uma discussão… É homofobia?”. O vereador informou à reportagem do Estadão que vai prestar boletim de ocorrência contra o parlamentar na segunda-feira, 28.

COM A PALAVRA, O VEREADOR SEBASTIÃO FROTA NETO

Publicidade

“Estamos fazendo um mandato de oposição ao governo, o que desde o começo de 2021, tem ocasionado uma série de perseguições a nós e a muitos cidadãos, principalmente a funcionários públicos. A câmara é composta atualmente por maioria de aliados da base do governo. Infelizmente há muitas arbitrariedades cometidas pelo governo e pela mesa da câmara, como a quebra e o descumprimento do regimento interno da casa, o que fatalmente ocasiona prejuízos à população. O que sempre cobramos é cumprimento das leis e do regimento, e foi o que foi feito nesta sessão em comento, e, durante a discussão, o próprio vereador Eliezer fez algumas acusações e usou alguns termos, no qual foi utilizado o mesmo termo, no entanto, foi controvertido pelo Presidente de forma dolosa para causar uma acusação injusta e lastimável.” (Estadão Conteúdo).

Leia também:

Publicidade