Depois das quebras de sigilo de celulares e documentos de familiares e assessores de Jair Bolsonaro (PL), determinadas por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o jornalista Ricardo Noblat apurou histórias de reuniões que nunca constaram da agenda oficial dele como presidente da República. Além disso, há registros de conversa até sobre a compra da Rede Globo de televisão.
Em seu blog no Metrópoles, Noblat afirma que uma das quebras de sigilo mostra uma visita de Bolsonaro ocorreu em 13 de setembro de 2021 na casa do ministro Dias Toffoli, do STF. Na época, seis dias antes da visita, o então presidente, durante celebração do 7 de setembro em São Paulo, chamou o ministro Alexandre de Moraes de canalha.
Além disso, uma troca de mensagens com Célio Faria, chefe do gabinete pessoal de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente, faz referência a uma possível venda da TV Globo.
No contexto Mauro Cid cita André Esteves (sócio sênior do BTG Pactual, quinto maior Banco do Brasil) e Célio pergunta: “Do BTG?”. Mauro Cid confirma, dizendo que ele compraria a Globo por estar falida. Célio, por sua vez, responde com críticas à Globo e afirma que se fosse para alguém comprar a empresa, seria melhor Esteves do que os “chineses”.
Vale lembrar que André Esteves estava na reunião na casa de Toffolu junto ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Esta última informação é da Folha de S. Paulo.