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Quanto mais relações sexuais, menos casos câncer de próstata; Médico comenta pesquisa

fernando leao

Foto: Divulgação

Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, revelou que o número de ejaculações de um homem está ligado ao risco do câncer de próstata: quanto mais se tem, menos é o risco da doença.

A pesquisa foi feita com cerca de 32 mil homens e ao longo de 18 anos revelou que os indivíduos mantiveram uma média de pelo menos 21 ejaculações por mês, reduziram em 20% as chances de desenvolver a doença, na comparação com outros que disseram ter de quatro a sete ejaculações mensalmente.

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Segundo o médico urologista, Fernando Leão, o estudo mostrou que a ejaculação desencadeia algumas substâncias na corrente sanguínea que são protetoras ao câncer de próstata. Ele também lembra que outros fatores de prevenção devem ser avaliados pelos homens constantemente e diz que a pesquisa é vista com bons olhos pela classe médica.

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Leia a entrevista completa:

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A divulgação dessa pesquisa de que a frequência da relação sexual tem benefício para a próstata, ela tira alguns mitos do tratamento e do cuidado com a proposta?

Essa pesquisa foi feita Universidade de Boston. Eles acompanharam por 18 anos um grupo de homens e eles conseguiram concluir que aqueles homens que conseguiram ter uma frequência de ejaculação de pelo menos 21 vezes ao longo de cada mês, ele tinham o risco de desenvolvimento de câncer de próstata diminuído em 20%. Aquele que teria 10 a 12 ejaculações por mês, o risco de desenvolver o câncer caiu para 10%. E o paciente que tinha uma frequência de três a quatro ejaculações por mês ele mantinha o risco praticamente de um cidadão normal. Então eles conseguiram mostrar que a ejaculação desencadeia algumas substâncias na corrente sanguínea que são protetoras ao câncer de próstata.

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Como que funciona essa teoria?

A teoria deles é baseada no aumento da dosagem do hormônio ligado a Di-Testosterona, precursor da testosterona, e a citocina, hormônio que é produzido dentro de uma glândula cerebral. São substâncias que fazem parte da sensação de bem-estar e prazer no dia a dia. Isso consequentemente altera em vias indiretas o risco potencial de desenvolvimento do câncer.

Dentre os médicos como é o debate sobre isso?

É um debate um pouco exótico. É uma informação que tínhamos uma certa desconfia da veracidade desses fatos. São trabalhos a longo prazo, quantidade de pacientes considerável, quase 40 mil homens, feito por uma Universidade de Boston, merece todo o respeito e avaliação correta. O trabalho é visto na classe médica com muitos bons olhos sim. A gente sabe que na prática isso não é tão viável, tão factível isso, ter quase todo mês ter quase 15 a 20 ejaculações é uma meta complicada, mas para quem conseguir ele está tendo é um aliado, um efeito protetor em relação ao risco de ter câncer de próstata. Lembrando que não é só isso. É um conjunto de situações que vão favorecer e proteger um risco maior ou menor do desenvolvimento do câncer.

E os outros fatores que merecem atenção são?

O resto é controle de peso, alimentação saudável, evitar os vícios (bebida em excesso, tabagismo), fatores genéticos, excesso de gordura animais. O paciente da raça negra deve ter um controle de frequência maior porque são propícios a ter mais risco de desenvolveram a doença, assim quem tem incidência de câncer de próstata na família, como pai, tio e avô, ele vai ter de duas a três vezes chances maiores de desenvolver a doença, por exemplo.

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Sara Queiroz: