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Categorias: Empresas e Negócios
| Em 7 anos atrás

Quando trocar de emprego se torna uma necessidade para alinhar sonhos e projetos

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Cleber Muniz tem 30 anos, é Designer, trabalha como Professor e atualmente ele possui um escritório de design multidisciplinar com foco em estratégia para marcas. Além disso, ele também ministra cursos livres e módulos de pós-graduação.

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Morador de Goiânia, ele consegue organizar sua agenda e horários de uma forma dinâmica, graças às atividades profissionais flexíveis que exerce. Assim, Cleber consegue atender seus clientes de maneira personalizada e administrar seu tempo de forma otimizada.

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No entanto, há seis meses, a sua rotina se desenrolava de maneira muito diferente da que leva agora. Acordar cedo, encarar o trânsito até o trabalho, bater ponto, cumprir demandas, alcançar metas, trabalhar oito horas diárias e novamente bater ponto: resumidamente essas eram suas atividades rotineiras.

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Um trabalho formal, regido por leis trabalhistas, como o de milhares de pessoas pelo mundo. Não que para Cleber fosse uma experiência ruim, mas por ser alguém inquieto e movido a desafios, ele alimentava o desejo de se dedicar ao seu propósito como profissional em uma dimensão maior.

Tempo exclusivo para se dedicar e investir em algo que pudesse realizar muitos de seus anseios era o que ele precisava, por isso se organizou para deixar o emprego formal, decisão muito difícil, uma vez que se abre mão de benefícios e de um vínculo profissional estável.

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O momento da decisão

Assim como Cleber, muitas pessoas são impulsionadas por distintas forças a deixar o emprego e investir em algo que venha flexibilizar o tempo e proporcionar novas rotinas e modelos de trabalho. Por outro lado, tantas outras sentem dificuldades de deixar um emprego estável para correr o risco de realizarem desejos e sonhos no mercado empresarial.

Qual é o momento certo para fazer essa escolha? A coordenadora do MBA Gestão de Pessoas por Competências, Indicadores e Coaching do Instituto de Pós-Graduação e Graduação, Cyndia Bressan, diz que essa decisão é pessoal, mas é importante se planejar bastante e estar preparado tecnicamente, emocionalmente e financeiramente, em termos de planejamento de negócio.

Foi exatamente isso que Cleber fez. Antes de deixar o emprego, ele se preparou por dois anos, período em que investiu em cursos sobre gestão e docência, recebeu mentoria de alguns profissionais, cursou um MBA de empreendedorismo e conversou com amigos que já tinham saído de seus empregos para empreender, a fim de entender como funcionava a “instabilidade”.

Além disso, ele realizou uma gestão financeira pessoal para que pudesse estar o mais preparado possível quando chegasse esse momento de transição. Para Cyndia, toda essa organização é fundamental, pois garante ao profissional maior estabilidade e confiança para identificar o momento certo de seguir novos caminhos.

Uma questão de propósito

Cyndia conta que cada dia mais as pessoas têm despertado para a importância dos propósitos e sua busca, o que vai ao encontro com o formato de trabalho. O desejo de abrir uma empresa e ter autonomia, tornam-se consequências de uma nova visão de mundo e de atuação profissional.

Nesse sentido, para aqueles que alimentam esse desejo, mas que ainda se encontram impossibilitados de deixarem o emprego, o conselho da especialista é pegar o tempo que sobra, ou seja, aproveitar os horários fora do expediente para desenvolver novos projetos, o que, obviamente, exigirá mais disciplina, foco e energia.

Reforma Trabalhista

As mudanças na legislação trabalhista, que entraram em vigor em novembro passado, segundo o professor do MBA Ciências e Legislação do Trabalho, do IPOG, Cleber Sales, provocam certa flexibilidade aos trabalhadores, uma vez que eles podem atuar dentro de uma nova modalidade contratual como é o caso do trabalho intermitente.

O objetivo dessa modalidade é alcançar profissionais que estavam na informalidade, e ela pode ser benéfica desde que seja aplicada de forma ética e sem abusos. Nesse sentido, o colaborador pode atuar em vários empregos e organizar o seu tempo para investir em outros projetos.

Além disso, há a possibilidade de acordos de negociação de jornada, um regime em que o empregado prorroga a jornada de trabalho em alguns dias e, em outros, reduz, sempre cumprindo a jornada normal de um período. Esse sistema pode ajudar na organização de novos projetos, quando se tem tempo de trabalho formal reduzido em alguns dias da semana.

Benefícios da mudança

Para quem opta por trabalhar com algo que esteja mais alinhado com propósito e desejos pessoais e profissionais, os benefícios são inúmeros. Cyndia explica que terão sim dias ruins, dias em que poderá bater o arrependimento, mas que é necessário ter equilíbrio emocional para lidar com todas as situações

“Desta forma, as chances de dar certo e de a pessoa despontar em outro patamar de carreira, com mais tranquilidade, trabalhando até menos e ganhando mais, são maiores”, afirma.

Hoje, após ter mudado de trabalho e investido em um negócio próprio, Cleber acredita que foi a melhor escolha. “Foi algo planejado, amadurecido e feito no momento certo, se não, acredito que seria uma grande frustração”, diz.

Atualmente, ele possui uma parceria em andamento para implantar um braço do escritório na Irlanda, para atender marcas de brasileiros e também de irlandeses que possuem uma carência de marketing, de projetos de design e de posicionamento de marca. 

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