“Quando eu indico, eu sei que é uma boa pessoa, pelas críticas que ela recebe”, afirma Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) disse na tarde desta quarta-feira (07/10) que tem confiança em suas indicações pois recebem críticas por parte da imprensa e isso indicava que os indicados seriam boas pessoas. “E quando eu indico qualquer pessoa para qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa tendo em vista a quantidade de críticas em grande parte da mídia”, destacou.

Jair Bolsonaro provavelmente estava se referindo às críticas que o desembargador e seu indicado à vaga no Superior Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes por ter mentido acerca de um curso que diz ter feito na Universidade de La Curuña, na Espanha. A instituição avisa que a pós-graduação citada no currículo do desembargador sequer existe na universidade. A reportagem veiculada pelo Jornal Estadão foi repercutida por diversos outros veículos. 

Para argumentar que respeita à ‘imprensa’, argumentou que nunca propôs qualquer controle sobre veículos midiáticos. “Me acusam muitas vezes de ser autoritário. Eu nunca propus um controle social da mídia”. Bolsonaro não diz que países como os Estados Unidos e Reino Unido tem uma regulação econômica da mídia estabelecida, algo semelhante o que já foi proposto por governos brasileiros no passado e parece querer criticar. 

Também diz que nunca partiu dele qualquer ideia de combater notícias falsas e que talvez compartilhar notícias falsas seja algo que diz respeito à liberdade de expressão em quem queria compartilhar alguma mentira. “Eu nunca propus um projeto de lei para combater fake news e eu sou um dos que mais sofrem com as fake news”, pontua.

Pouco antes, no entanto, disparou uma fake news: “Eu acabei com a operação Lava-Jato”. “É um orgulho, uma satisfação que eu tenho de dizer a essa imprensa maravilhosa nossa, que eu não quero acabar com a Lava Jato… Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo”, determinou.

Apesar da afirmação, não cabe ao presidente ‘acabar’ com a Operação Lava-Jato, mas à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao contrário do que afirmou o presidente, dificilmente a Operação será encerrada quando previsto, em janeiro de 2021, de acordo com alguns investigadores. Em entrevista à CNN, o procurador da Lava-Jato, Roberson Pozzebon, afirmou que é impossível encerrar mais de 400 investigações que a Operação alcança até janeiro do próximo ano.

Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.

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