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Categorias: Entretenimento
| Em 7 anos atrás

Quabales e Margareth Menezes abrem Rock in Rio com percussão furiosa

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Foi com uma ode à cultura musical da Bahia que o palco Sunset deu início à programação do Rock in Rio neste sábado (23).

O público, escasso sob forte sol, se multiplicaria conforme os “tambores” do grupo Quabales ressoavam pela Cidade do Rock. Eram, na realidade, galões de água, latas e latões de lixo fazendo a vez de instrumentos musicais.

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O grupo -projeto social que abarca jovens do bairro Amaralina, em Salvador&- tinha tudo para se enveredar em um som semelhante ao de seus conterrâneos do Olodum, mas encontrou identidade própria mais próxima do hip-hop.

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Além de tocar, os jovens dançaram e encenaram no palco em uma apresentação muito bem sincronizada. Além de descrever o cotidiano nas periferias de Salvador, as letras enalteciam o berço baiano.

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Convidada da apresentação, Margareth Menezes entrou no palco com vocais tão furiosos quanto a percussão dos garotos para cantar “Faraó Divindade do Egito”.

O público, vestido com camisetas de bandas de rock no dia em que tocam Guns N’ Roses e The Who, fez uma tentativa cômica de acompanhar com uma dança dura.

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Depois de cantar “Côco com M”, os artistas prestaram uma homenagem ao percussionista Naná Vasconcelos, morto em março, com fotografias no telão e um poema declamado pela talentosa cantora do grupo, Carol Caroline.

Em diversos momentos do show, a jovem, acompanhada de seus colegas, alternou voz doce, à beira do reggae, a rap voraz.

Gilberto Gil e João Gilberto estiveram presentes com “Andar com Fé” e “Eu Vim da Bahia”, ambas mescladas em versões do Quabales. A veterana convidada também resgatou a versão aportuguesada de Gil para “No Woman No Cry”, de Bob Marley, além de “A Luz de Tieta”, de Caetano.

A festa corria bem e naturalmente até que outro convidado subiu ao palco. A entrada de Di Ferrero desfez o enlace natural até então mostrado e formou um balaio dessincronizado.

O músico cantou “Passe em Casa”, dos Tribalistas, e “Coke Beat”, tema para uma marca de roupas cuja propaganda o músico gravou com o grupo baiano e Sasha Meneghel -o vídeo da campanha passava no telão do palco.

Ferrero se comunicou melhor com o público nas canções de sua banda NX Zero, “Só Rezo” e “Cedo ou Tarde”, mas continuou desvinculado do som do Quabales, evidenciando um deslize da curadoria. (Folhapress)

Veja vídeo:

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