O Qatar voltou a classificar de “irrealista” e “não acionável” a lista de reivindicações apresentada por países vizinhos para acabar com a crise diplomática no golfo Pérsico.
“[A lista] não trata de terrorismo, mas sim de acabar com a liberdade de expressão”, disse o chanceler do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman, segundo a emissora Al Jazeera.
Em junho, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes, o Egito e o Bahrein apresentaram uma lista de exigências ao Qatar, com quem romperam relações diplomáticas acusando o país de financiar o terrorismo. Dentre os pedidos estão o fim das relações com o Irã, o encerramento da Al Jazeera e o fechamento de uma base militar que a Turquia mantém no país.
O Qatar, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, respondeu às exigências em uma mensagem enviada ao Kuait, país que atua como mediador na crise.
Após a resposta, a Arábia Saudita e seus aliados vão se reunir no Cairo para decidir os próximos passos em relação a Doha.
“O Qatar continua pedindo diálogo”, disse Abdulrahman. “O país está disposto a iniciar um processo de negociações para garantir a sua soberania”.
O porta-voz do governo do Qatar, Saif al-Thani, já havia dito que a lista “não cumpre os critérios de razoabilidade e factibilidade”.
Analistas externos veem o boicote ao Qatar como uma tentativa de barrar a crescente autonomia do país e reinseri-lo na esfera de influência saudita.
O pequeno país do Golfo é o maior produtor de gás natural do mundo e será sede da Copa de 2022. Além disso, abriga a maior base militar americana no Oriente Médio.
Leia Mais: