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Brasil
| Em 2 meses atrás

Publicidade perde gênio Washington Olivetto, aos 73 anos

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Gênio da publicidade brasileira, reconhecido internacionalmente, o publicitário Washington Olivetto morreu no final da tarde de domingo (13), aos 73 anos. Conhecido por peças publicitárias icônicas, vencedoras dos maiores prêmios da propaganda mundiais, Olivetto estava internado no Rio de Janeiro havia mais de quatro meses tratando uma pneumonia, quadro que evoluiu para septicemia (infecção generalizada).

Criador de campanhas lembradas até hoje, como o “Garoto Bombril” e “O primeiro sutiã a gente nunca esquece”, Olivetto ganhou mais de 50 Leões, prêmio concedido pelo Festival de Publicidade de Cannes, um dos mais importantes do mundo para o setor.

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Em 1987, Olivetto criou as peças publicitárias “O Primeiro Sutiã“, para a Valisère, e “Hitler” para a Folha de S. Paulo. Ambos comerciais são os únicos brasileiros a constarem na lista dos “100 maiores comerciais de todos os tempos“, por Bernice Kranner, uma especialista reconhecida internacionalmente.

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Gênio, Washington Olivetto era reconhecido mundialmente

Em 2001, foi o único latino-americano a ganhar o Grand Prix do Clio, tido como Oscar do setor, com o comercial “A Semana”, produzido para a revista Época. Em 2003, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”, pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Seis anos depois, em 2009, entrou para o Hall da Fama do Festival Ibero-Americano de Publicidade (FIAP).

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Foi também nomeado vencedor do “2014 Clio Lifetime Achievement Award” e, em 2015, foi escolhido como o primeiro não anglo-saxão da história a entrar para o “Creative Hall of Fame“, do The One Club. No mesmo ano, foi nomeado “Professor Emérito” pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Além disso, ele também foi nomeado como um dos 25 publicitários-chave do mundo pela revista britânica Media International e eleito duas vezes o publicitário do século pela Associação de Agências Latino Americana e pelo site de notícias Monitor Mercantil.

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Olivetto tinha como lema nunca fazer propaganda político-partidária. Outra peculiaridade, era ser torcedor fiel do Corinthians. Foi, inclusive, um dos fundadores da Democracia Corinthiana movimento ideológico de contraposição à ditadura militar, que era integrado ainda pelos jogadores Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon, e cujo lema era: “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”.

Entre tantas histórias profissionais de sucesso, sofreu um percalço pessoal grande ao ser vítima de um dos sequestros mais longos da história do Brasil. Olivetto, então dono da W/Brasil, importante agência de publicidade, foi sequestrado em São Paulo por um grupo de chilenos e argentinos, que tinha um ex-guerrilheiro entre seus líderes, e ficou 53 dias em cativeiro. Atualmente morava com a família nos Estados Unidos.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.