O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado federal Afonso Florence (BA), afirmou nesta sexta-feira (15) que a oposição não tem votos suficientes para que seja autorizado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando o que está sendo propagado no Congresso.
“Não haverá uma eleição. Dilma não será derrotada e não será eleita a chapa Temer-Cunha, porque eles não têm, não tiveram e nunca terão os 342 votos ‘sim’”, disse Afonso Florence ao acusar o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), de conspiração.
O deputado citou uma pesquisa do Instituto Vox Populi, que trouxe a informação de que 58% da população se manifesta contra o pedido de impeachment. “Por isso, essa velocidade toda do deputado Cunha para colocar essa votação [em andamento]. Hoje, de um lado da foto estão os que sempre defenderam o regime militar e os contra são os que defendem a democracia”, ressaltou.
O vice-líder do governo, Paulo Teixeira (SP), também destacou que a presidente não cometeu crime de responsabilidade e reafirmou que o impedimento de Dilma é golpe. “Nossa Constituição não prevê retirar um governo por baixa popularidade. Não há renúncia, não há novas eleições e não há impeachment. Isso não é impeachment, isso é golpe parlamentar contra a sociedade brasileira. Estão querendo tirar do povo brasileiro o poder de escolher o presidente da República”, afirmou Paulo Teixeira.
O deputado também questionou o relatório do deputado federal Jovair Arantes, que é relator do processo de pedido de impeachment, e afirmou que não tem fundamento jurídico ou provas de qualquer acusação contra a presidente.
“Não vão conseguir. É podridão e da podridão não nasce o novo, não nasce esperança. Sem legitimidade não se pode querer governar o país”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil