O PSOL decidiu nesta terça-feira (24/11) não apoiar nenhum dos dois candidatos que disputarão no segundo turno a prefeitura de Goiânia. “Nem Vanderlan e nem Maguito organizam a luta das trabalhadoras e trabalhadores”, diz a nota da legenda assinada pela candidata Manu Jacob e Diretório Municipal do Partido.
Manu Jacob ficou no 12º lugar na votação de 15 de novembro com 4.639 votos, 0,77% dos votos. A candidata participou pela primeira vez da disputa pelo cargo do Executivo em Goiânia. Ela é especialista em educação.
Leia a nota do PSOL na íntegra
Nem Maguito e nem Vanderlan, organizam a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores
Considerando que os dois candidatos que estão no segundo turno em Goiânia não representam as bandeiras políticas defendidas pelo PSOL nessa eleição.
Considerando que as duas candidaturas à prefeitura de Goiânia possuem um programa semelhante, representando o mesmo espectro político denominado hoje no país de “Centrão”. Exemplo disso, é que Vanderlan tem como seu suplente no senado o seu adversário político que venceu no primeiro turno.
Considerando que Vanderlan tem o apoio do governador Caiado, que por sua vez demonstra tendências bolsonaristas, e que Maguito tem como vice um líder da igreja Universal, que faz trabalhos de evangelização na África, que desconsideram a cultura local daqueles povos, que é defensor de projetos como o “escola sem partido” e combate discussões sobre educação sexual e gênero nas escolas, é também bolsonarista e do mesmo partido de figuras como Crivella, fato que precisa ser levado em consideração, pelo frágil estado de saúde do candidato que lidera as pesquisas.
Considerando que ambas candidaturas são inimigas dos interesses da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e muitas vezes apresentaram comportamentos hostis à ampliação de direitos civis e democráticos.
Propomos:
Nenhum voto nas candidaturas que disputam o segundo turno para a prefeitura de Goiânia.
Um manifesto a todas as forças de esquerda e/ou progressistas para a construção de uma frente única pós eleições. Para organizar a mobilização popular, com calendário de ações unificado e com uma pauta de reivindicações que leve em consideração a defesa de direitos sociais, civis e democráticos.