O PSG negou ao jornal “Le Parisien” que tivesse oferecido 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,7 milhões) a Edinson Cavani para que ele deixasse o posto de cobrador de faltas e pênaltis.
No domingo (24), o jornal espanhol “El País” noticiou que um intermediário do presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, havia ofertado o atacante uruguaio, mas que Cavani tinha recusado o valor.
“O PSG negou formalmente a informação sugerindo que Cavani poderia desistir de penalidades em troca do pagamento automático de um bônus”, destacou o “Le Parisien”.
O “El País” escreveu também que, após a suposta negativa de Cavani, um intermediário do PSG foi então em direção a Neymar. O pedido era para que o atacante brasileiro esquecesse a polêmica e deixasse gentilmente as cobranças para Cavani. Segundo o “El País”, Neymar não levou adiante a conversa.
Os dois atacantes discutiram em campo durante partida contra o Lyon, 17 de setembro, pelo Campeonato Francês.
Foram dois bate-bocas. No primeiro atrito, Neymar levou a melhor, cobrando a falta próxima à área. Na segunda discussão, Cavani pegou a bola e cobrou o pênalti.
O jornal francês “L’Équipe” noticiou que a motivação do uruguaio para não deixar o brasileiro bater pênaltis teria um aspecto financeiro.
Segundo a publicação, o camisa 9 receberá um bônus de 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,7 milhões) se for o artilheiro do Campeonato Francês nesta temporada.
A cláusula é parecida com a que constava no contrato de Zlatan Ibrahimovic, astro do PSG até sua saída no ano passado. O sueco receberia 1,5 milhões de euros (R$ 5,62 milhões) sempre que liderasse o campeonato na soma de gols e assistências.
Para acabar com a indefinição nas cobranças, o PSG quis adiantar o bônus de artilharia a Cavani antes mesmo do fim do campeonato, mas com a condição que ele cedesse a bola parada a Neymar.
O jornal francês também afirma que ainda não se sabe se Neymar tem uma bonificação parecida prevista em seu contrato. O PSG pagou 222 milhões de euros, valor recorde na história do futebol, para tirar o brasileiro do Barcelona em agosto.
Na última temporada, Cavani foi o artilheiro do PSG com 49 gols em 50 jogos. Por enquanto, o uruguaio segue como batedor oficial de pênaltis da equipe.
DESCULPAS
De acordo com o “L’Équipe”, partiu de Neymar a iniciativa de se desculpar com seus colegas de PSG por conta de uma discussão com Cavani no vestiário após o jogo contra o Lyon.
O jornal explicou que Neymar, que não fala francês, chamou Thiago Silva para ser o tradutor. O zagueiro brasileiro repassou ao grupo o pedido de desculpas de Neymar.
O “L’Équipe” havia publicado no começo da semana, a confusão no vestiário começou quando Cavani se aproximou de Neymar para falar, em espanhol, que não havia gostado da atitude do brasileiro. Thiago Silva tentou acalmar os dois e evitou que a discussão fosse além.
ATRITO
A relação entre Neymar e Cavani já estava estremecida antes do pênalti segundo o “El País”. O azedamento ocorreu após a Fifa pressionar o PSG pelo “Fair Play Financeiro”.
O PSG gastou 222 milhões de euros na compra de Neymar. Com receio de sofrer punições da Fifa pelo alto valor investido e equilibrar a relação “compra x vendas”, o time francês pressionou empresários e intermediários a negociarem o quanto antes alguns atletas do elenco.
Entre os que foram avisados de que poderiam sair estavam Di Maria, Pastore, Matuidi (negociado com a Juventus), Lucas Moura, Draxler, Ben Arfa, Aurier e Thiago Silva.
O “El País” afirmou que Cavani havia se indignado com a postura do PSG, se mostrando contrário à estratégia de se desfazer de parte do elenco para ter Neymar.