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“PSDB tem de colaborar com o País nessa etapa de transição”, afirma Marconi durante palestra em Harvard

O governador Marconi Perillo defendeu neste sábado, em palestra na 2ª Brazil Conference, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que seu partido, o PSDB, “colabore nessa etapa de transição com o nosso País”. Muito mais importante do que ficar pensando em como nós vamos chegar a 2018 em condições de termos uma candidatura forte é saber se o Brasil vai chegar até lá, e nós precisamos colaborar com o Brasil”, afirmou o governador em sua explanação.

O governador disse que o Brasil atravessa um dos momentos democráticos mais férteis de sua história e que a crise econômica e política estabelece a oportunidade que o País precisa para discutir e aprovar as reformas necessárias à retomada do crescimento. “O que está acontecendo no Brasil é absolutamente legal, constitucional. Os ritos foram ditados pelo Supremo Tribunal Federal. Aqui está um dos mais proeminentes e respeitados ministros que o Supremo teve, que é o ministro Ayres Britto, e eu soube que ele já falou disso ontem na conferência”, afirmou Marconi. Leia, abaixo, a íntegra das declarações do governador sobre esses temas.

Participação do PSDB

Muito mais importante do que ficar pensando em como nós vamos chegar a 2018 em condições de termos uma candidatura forte é saber se o Brasil vai chegar até lá, e nós precisamos colaborar com o Brasil. Eu defendo que o PSDB colabore nessa etapa de transição com o nosso país. Estou convencido de que esse momento político é um momento muito importante na nossa história. E essa história de golpe só está na cabeça de alguns. Acho até que é uma desculpa, com todo respeito a quem prega essa ideia.

Momento político

O que está acontecendo no Brasil é absolutamente legal, constitucional. Os ritos foram ditados pelo Supremo Tribunal Federal. Aqui está um dos mais proeminentes e respeitados ministros que o Supremo teve, que é o ministro Ayres Britto, e eu soube que ele já falou disso ontem na conferência.

Posições de ministros do STF

Mas é importante lembrar aqui de duas frases de dois ministros que se manifestaram há dois dias sobre o tema. O decano, que é o ministro Celso de Mello, ministro respeitadíssimo por todos nós disse o seguinte: “O procedimento destinado a apurar a responsabilidade política da presidente da República respeitou, até o presente momento, todas as fórmulas estabelecidas na Constituição”. Depois, o ministro Dias Toffoli, que foi nomeado pelo ex-presidente Lula, disse assim: “Alegar que há um golpe em andamento é uma ofensa às instituições brasileiras. Isso pode ter reflexos ruins, inclusive no exterior, porque passa uma imagem ruim do Brasil”.

Democracia fértil

Também queria destacar pelo que conheço da vida pública, por tudo o que vi e aprendi nesses mais de 30 anos de atividade, que as instituições no Brasil estão amadurecidas. A Justiça brasileira é, hoje, uma Justiça respeitada mundialmente. O Ministério Público é um órgão que cumpre o seu papel constitucional. A imprensa, por sua vez, também exerce um papel muito relevante. E as redes sociais têm um papel preponderante hoje não só no Brasil, mas no mundo. As redes sociais e as mídias precisam ser levadas em consideração. Nós temos, portanto, uma democracia consolidada.

Investigações

A Lava Jato só é possível, o processo de impeachment só é possível porque nós vivemos no país hoje um dos momentos democráticos mais férteis da nossa história; e as nossas instituições são instituições sérias. Nós não somos uma Venezuela, felizmente. Aliás, é importante destacar – e ontem eu gostei muito do que ouvi do Luiz Felipe D’Ávila – que o que infelizmente atrasou a América do Sul nos últimos anos foi esse dualismo entre populismo e não populismo. Quer dizer: os países que adotaram fórmulas modernas de gestões não populistas, serenas, equilibradas, com focos em resultados foram para frente. Eu citaria três exemplos bons: Colômbia, Peru e Chile.Esses países não têm presidentes pirotécnicos, populistas, que querem ter popularidade a qualquer preço, a qualquer custo. E esses países estão experimentando crescimento de 3 a 4% de PIB positivo no ano, enquanto os países que fizeram o inverso; que fizeram uma opção populista, atrasada, míope, amargam hoje o que nós amargamos no Brasil: 3,8% retração do PIB no ano passado; 4 ou 4,5% quem sabe agora em 2016, ou o que fizeram na Argentina, no Equador e na Bolívia e, principalmente, na Venezuela.

Nova postura política

Chegou a hora de nós políticos, que estamos todos com a imagem arranhada e com razão. Todo mundo quer ser centro-esquerda e não há nitidez. As pessoas parece que não querem se queimar, não querem demonstrar de que lado estão, o que pensam, o que querem fazer, como vão fazer. Todo mundo quer ter uma posição mais ou menos parecida, e não é assim no mundo. Aqui na América não é assim. É preciso colocar suas opiniões de forma clara sobre os temas.

Marcley Matos

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