O PSDB deverá decidir na próxima quarta-feira (6) se fechará questão sobre o apoio do partido à reforma da Previdência.
O presidente interino da legenda, Alberto Goldman, marcou para esta data uma reunião com integrantes da executiva e das bancadas tucanas da Câmara e do Senado.
Ao decidir fechar questão sobre um tema, a sigla poderá impor sanções aos parlamentares que não seguirem a orientação. O descumprimento pode levar inclusive à expulsão.
O encontro foi marcado para o mesmo dia em que o governo espera que a Câmara dê início à votação da proposta. Por se tratar de PEC (proposta de emenda à Constituição), a reforma só será aprovada se houver o apoio mínimo de 308 deputados em cada um dos dois turnos.
Após reunião da executiva, realizada nesta quinta-feira (30), o líder tucano na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) minimizou as cobranças que o governo e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vêm fazendo ao partido.
Maia disse nesta semana que sem o PSDB não haverá reforma da Previdência. Embora usem a defesa da agenda de reformas para apoiar o governo de Michel Temer, tucanos têm resistido em apoiar integralmente as mudanças nas regras de aposentadoria.
“Não podem colocar na conta do PSDB que não vota [a reforma] por causa do PSDB. Não é verdade. Entendemos o grau de importância do nosso partido, dos nossos deputados, mas precisamos ter 308 votos para votar matéria”, disse.
Questionado sobre se o partido deverá fechar questão sobre o tema,Tripoli repetiu que se os outros partidos da base fizerem, o PSDB decide também.
Ele negou que a sigla esteja reabrindo as negociações sobre o texto da reforma e disse que a nota técnica apresentada esta semana é parte de um documento que já vinha sendo sugerido desde março deste ano.
“O PSDB não quer reabrir a negociação. Não há nenhum pedido novo”, disse.
Goldman evitou falar se defende o fechamento de questão. “Eu não quero dar a minha opinião agora. Eu acho que isso é uma coisa que a executiva deve decidir. Não é uma posição individual. Eu vou ter a minha no momento adequado”, declarou.
“Somos a favor da reforma da Previdência, ela é fundamental para o país, é fundamental que você diminua desigualdades, privilégios […] Se o texto for nessa direção, estaremos de acordo.” (Folhapress)