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PSDB cobra que Maia oficialize candidatura à presidência da Câmara

Em plena campanha pela reeleição à presidência da Câmara -apesar de não admitir que é candidato-, Rodrigo Maia (DEM-RJ) passou toda a quarta-feira (4) em reuniões para costuras políticas em busca de apoio.

Pela manhã, encontrou-se rapidamente com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Depois, recebeu na residência oficial da presidência da Câmara os deputados Antonio Imbassahy (BA) e Ricardo Tripoli (SP), respectivamente líder atual e líder eleito do PSDB.

Oficialmente, os dois encontros foram para tratar de pautas que preocupam o governo como reforma da Previdência e uma solução para a dívida dos Estados.

Os tucanos disseram que a tendência é que os 46 deputados do PSDB apoiem a candidatura de Maia, mas que, para isso, é preciso que ele oficialize sua intenção de disputar a reeleição.

“Disse a ele que seria importante [oficializar a candidatura]. Com certeza ele registrou minha sugestão e fará isso o mais breve possível”, disse Tripoli, segundo quem Maia não estabeleceu uma data para se lançar candidato.

Tripoli disse ser “natural” o PSDB caminhar com o DEM. De volta a Brasília, o líder eleito disse que começará a conversar com seus deputados e quer ter uma posição oficial até o dia 15 de janeiro.

Em julho do ano passado, quando houve eleição suplementar para ocupar o lugar deixado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os dois partidos fizeram acordo para que os tucanos apoiassem os democratas à época e o contrário ocorresse agora.

Para garantir a candidatura de Maia, o Planalto ofereceu a Imbassahy a Secretaria de Governo, vaga desde que Geddel Vieira Lima deixou o cargo, em novembro passado.

Uma rebelião no centrão -grupo de cerca de 200 deputados de partidos médios e atualmente desunidos-, no entanto, postergou a nomeação de Imbassahy, que só deve ocorrer após a eleição, marcada para 2 de fevereiro.

Tripoli negou que o apoio a Maia esteja condicionado à oferta do cargo. “O Imbassahy é um dos melhores quadros que temos, tem perfil conciliador”, afirmou.

Questão jurídica

Maia tenta segurar o máximo possível a oficialização de sua candidatura. Além de contar votos, ele se preocupa com uma questão jurídica.

Admitir que é candidato criaria um fato concreto para que os adversários de Maia na disputa cobrem do STF (Supremo Tribunal Federal) um posicionamento sobre o caso.

O regimento da Câmara veda que o presidente da Casa dispute a reeleição em uma mesma legislatura. Maia entende que, como foi eleito para um mandato tampão após a cassação de Eduardo Cunha, a regra não se aplica a ele.

Tripoli disse que o PSDB não tem em mente uma estratégia para o caso de Maia não poder disputar a reeleição.

“Não tem plano B. Você para tudo e recomeça [caso a candidatura de Maia seja inviabilizada juridicamente]”, afirmou, salientando que “particularmente, não vejo problema”.

Folhapress

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Thais Dutra

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