Os veículos de comunicação nacionais já noticiam que não há clima para a continuidade do presidente da República, Jair Bolsonaro no PSL, legenda que migrou no começo de 2018 e sacramentou sua vitória nas eleições presidenciais. A gota d’água foi o vídeo gravado e publicado ontem (08/10) em que Bolsonaro pede para que um apoiador ‘esqueça o PSL’.
A Revista Veja afirma que “uma fonte próxima” ao presidente já disse que ele “decidiu deixar o PSL” e que “aliados mais imediatos estão cientes da decisão”.
A colunista do G1 Andreia Sadi escreve que o presidente do partido, Luciano Bivar já considera Bolsonaro “afastado” da legenda e não pode levar a “dignidade” da sigla. “A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”. Apesar das falas, Bivar diz que o PSL continuará a apoiar as medidas do governo e se manterá em sua base de sustentação.
10ª legenda
Caso troque o partido, Bolsonaro irá em busca da sua décima legenda em toda a sua carreira política. Ele já havia passado pelo PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, depois retornou ao PP – e nesta segunda passagem foi a maior que conseguiu ficar num partido: quase 11 anos – depois migrou ao PSC e por sentou em uma das cadeiras do PSL. Poderia ser a 11ª legenda, mas após anunciar sua ida ao PEN-PATRIOTAS em 2018, voltou atrás. O partido não aceitou mudar seu regimento que permitia aliança com legendas de esquerda e ele pulou fora antes de sua filiação oficial.
Criação de um novo partido?
Desde fevereiro de 2019, ventila-se a possibilidade do Clã Bolsonaro criar um partido próprio com principios exclusivamente conservadores. A recriação da União Democrática Nacional foi uma especulação que ganhou força dentro dos grupos ligados ao presidente. A verdade é que a UDN já está em fase final de criação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ativista, fundador e presidente da legenda Marcus Alves já abriu as portas para que o grupo do presidente seja abrigado na nova legenda, segundo relata a Istoé. A outra opção do presidente seria rumar ao própio Patriotas, que Bolsonaro esnobou na prévia das eleições em 2018.