A má-prestação do serviço do transporte coletivo oferecido pelas empresas de ônibus foi um dos motivos para que vereadores do município de Goiânia instaurasse uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o assunto.
Foi protocolado nesta semana pedido para abertura da CEI do transporte. A iniciativa foi do vereador Djalma Araújo (SDD). No total, 18 parlamentares assinaram o requerimento. Na próxima semana, o presidente da Câmara, Anselmo Pereira (PSDB), deverá assinar o decreto de instauração da CEI e requisitar aos partidos que apresentem os nomes para a composição dos membros.
“É uma vitória da Câmara Municipal, que vai investigar todas as irregularidades e este contrato das empresas com a Prefeitura de Goiânia em 2007, vamos investigar a qualidade do transporte que não existe, a planilha do transporte coletivo. Espero que seja uma investigação séria do poder legislativo goianiense. A Câmara está dando uma resposta pra sociedade ao investigar esta caixa preta do transporte coletivo que só beneficia os empresários em detrimento dos interesses da população da nossa cidade”, destaca o vereador.
O parlamentar analisa que entre os pontos mais críticos a serem analisados pela CEI do Transporte da Câmara estão: o contrato, a planilha de custos e ainda a qualidade da prestação do serviço que é oferecido à população.
“É crítico o contrato. A primeira licitação em 1969, a segunda em 2007. As mesmas empresas ganharam a licitação. Isso é crítico. A investigação está no Ministério Público. Outra situação crítica é a planilha de custos, não sabemos como são elaboradas. E outro ponto é a péssima qualidade do serviço oferecido”, ressalta Djalma Araújo.
O presidente da Câmara, Anselmo Pereira, entende que para que esta CEI e a dos Conselhos Tutelares não caiam em descrédito, é preciso cumprir prazos e mostrar resultados.
“Eu já determinei agora a instalação imediata. Vou dar todo o apoio jurídico, logístico e inclusive de segurança para que toda documentação necessária possa chegar a CEI e o presidente e relator tenha condição de menos de 90 dias concluírem. Não dá pra você fazer CEI e ter mais 90 dias, depois mais 30 e cair no esquecimento. Eu como tutor da Casa vou exigir o cumprimento do prazo”, avalia o presidente da Câmara.
A comissão é composta por sete membros titulares e três suplentes, que funciona pelo prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 180.