Protestos do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) contra a PEC do teto de gastos e a reforma da Previdência bloquearam ao menos seis vias em São Paulo, no começo da manhã desta sexta-feira (11), no Dia Nacional da Greve. A maioria das rodovias e estradas foi liberada ainda durante a manhã.
Por volta das 6h30, um grupo fechou a pista sentido São Paulo da rodovia Anchieta, no km 23, na região de Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Eles fizeram uma barricada de fogo na via.
Na avenida João Dias, zona sul de São Paulo, uma camionete foi estacionada no meio da via e um grupo começou a jogar vários pneus, jogou combustível e ateou fogo para impedir a passagem dos carros.
Outro grupo interditou a pista expressa da rodovia Presidente Dutra, no sentido São Paulo, entre o km 208 e km 210, em Guarulhos (Grande São Paulo).
Manifestantes também bloquearam a pista expressa da rodovia Anhanguera, nos dois sentidos, na região de Sumaré. No sentido interior, a interdição ocorreu entre o km 112 e 114. Já no sentido São Paulo, o bloqueio foi entre o km 116 e km 114.
Na rodovia Régis Bittencourt, na pista sentido sentido São Paulo, manifestantes bloquearam parcialmente a via, no km 274, na região de Taboão da Serra (Grande São Paulo).
Segundo o MTST, a Estrada de Itapecerica também foi bloqueada. Os protestos também acontecem em Porto Alegre, Goiânia, Uberlândia e Recife.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 8h30, a cidade registrava 86 km de congestionamento o que representa 9,5% dos 835 km de vias monitoradas, percentual está abaixo do índice máximo para o horário, que é de 10,5%.
A marginal Pinheiros, sentido Interlagos, apresenta lentidão de 5,6 km na pista expressa. Os motoristas também encontram morosidade de 5,4 km no corredor Norte-Sul, sentido aeroporto de Congonhas, que se estende da ponte das Bandeiras até a avenida João Jorge Saad.
Segundo a CET, a pior região é a zona sul, com 37 km, seguida pelas zonas oeste (24 km), leste (14 km), centro (10 km) e norte (9 km).
A PEC
A Proposta de emenda à Constituição restringe as despesas do governo ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) dos 12 meses anteriores, e tem duração de duas décadas, com possibilidade de mudança na forma de limitar os gastos a partir do décimo ano.
O texto final prevê maior folga em saúde e educação. Nessas áreas, a correção do piso doas gastos só valerá a partir de 2018, ou seja, o ano base a ser levado em consideração será 2017.
Além disso, o relatório estabelece ainda que a base de cálculo do piso da saúde em 2017 será de 15% da receita líquida, e não de 13,7%, como previa o texto original.
Folhapress