O Ministério Público de São Paulo denunciou 11 pessoas vinculadas à Fundação Butantan sob suspeita de terem cometido furtos durante um período de quatro anos. Os nomes dos indiciados ainda não foram revelados.

Constam na acusação 340 furtos ocorridos dentro da Fundação -no período entre 2005 e 2008- que totalizam um valor superior a R$ 33 milhões. Caso corrigido com a inflação, o montante pode chegar à casa das centenas de milhões de reais.

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A denuncia foi oferecida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que investiga o caso.

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Anteriormente, a Folha de S.Paulo revelou que supostas irregularidades estavam sendo investigadas no Butantan a pedido do governo estadual. A investigação se concentra em contratos anteriores ao ano de 2015.

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O TCE (Tribunal de Contas do Estado) também está analisando as contas do instituto.

Além das investigações em curso, o instituto passa por mudanças de comando. No início deste mês, André Franco Montoro Filho deixou o cargo de diretor da Fundação Butantan. Em uma carta lida por Montoro Filho, ele cita “impropriedades” ocorridas na gestão do seu antecessor.

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Na prática, é a fundação que administra o instituto, a quem cabe produzir vacinas e desenvolver pesquisas.

Entre as práticas irregulares às quais se referia Montoro Filho, está, como revelou a Folha de S.Paulo, a primeira fábrica de derivados de sangue do país, que, após nove anos e R$ 239 milhões gastos, continua fechada. A planta não tem previsão de abertura.

Nesta segunda (20), o governo Alckmin decidiu afastar Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan. Kalil estava no cargo desde 2011 e será remanejado para outra função, na qual continuará as pesquisas para desenvolvimento de vacinas. (Folhapress)

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