O Ministério Público de São Paulo convocou o secretário Municipal de Segurança Urbana da capital, José Roberto Rodrigues de Oliveira, e o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Adelson de Souza, para prestar esclarecimentos sobre a ação da GCM na cracolândia no último dia 28 -quando usuários de drogas e moradores da região foram alvos de bombas após tumulto durante a limpeza do local.
A oitiva acontecerá na próxima segunda-feira (9), e a assessoria da pasta confirmou que os intimados vão atender ao chamado da Promotoria.
Na ocasião, frequentadores da região relataram que foram encurralados na tenda Atende 1, da prefeitura, onde foram agredidos e passaram por revista íntima -abordagem usada em presídios que obriga o revistado a ficar nu.
A prefeitura nega que a guarda tenha feito revista íntima e diz que instaurou investigação para apurar eventuais abusos do órgão.
A região vem sendo alvo de ações mais incisivas do poder público desde 21 de maio, quando uma megaoperação policial fez a cracolândia migrar da alameda Dino Bueno para a praça Princesa Isabel e, posteriormente, para a alameda Cleveland.
Diariamente, a prefeitura remove o lixo do local, o que obriga os usuários a desmontarem as barracas onde ocorre o comércio de entorpecentes. É no momento dessas limpezas que os conflitos costumam ocorrer. A Guarda Civil Metropolitana, da gestão João Doria (PSDB), acompanha os agentes da prefeitura que realizam a limpeza na região. (Folhapress)