Cidades

Projeto “Xeque-Mate no Crime” leva xadrez para dentro de unidade prisional em Luziânia

Custodiados da Casa de Prisão Provisória Policial Penal Jailton Barbo Ferreira, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, deram início ao projeto Xeque-Mate no Crime. A primeira fase do programa pioneiro selecionou, na última quarta-feira (15), seis custodiados de cada uma das três alas da unidade.

No estágio inicial, que deve durar dois meses, será ensinado os fundamentos básicos do xadrez, para que os internos se tornem instrutores e, futuramente, espalhem os conhecimentos a outros detentos da unidade.

“Além de diminuir o ócio nas celas, o xadrez também consegue desenvolver, nos custodiados, a disciplina, o pensamento crítico e maturidade intelectual”, explica o idealizador do projeto e diretor da CPP, Silvio Duarte Santana. “Também ajuda a promover a confiança e facilita na tomada de decisões conscientes, com análise das consequências. Tudo isso é relevante dentro do processo de ressocialização”, emenda.

As aulas são dadas duas vezes por semana, durante duas horas, por um preso da própria unidade, que é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (UNB) e tem muita experiência no xadrez. Inclusive, ele já disputou campeonatos da modalidade. O custodiado será beneficiado com a remição de pena, conforme determina a Lei de Execução Penal (LEP).

Na segunda etapa, os 18 multiplicadores vão ensinar os colegas dentro das celas. A CPP já dispõe de 20 tabuleiros, doados por empresários da cidade, e mais 20 serão recebidos nos próximos dias. A ideia é colocar pelo menos dois tabuleiros por cela na Casa de Prisão Provisória, dividida em três alas e 23 celas. Os jogos ficarão direto com os custodiados, para que eles possam disputar partidas em qualquer momento.

Para uma avaliação do impacto do benefício das técnicas de xadrez, será realizada uma análise comportamental (antes e depois) dos custodiados que receberam os ensinamentos. Segundo o diretor, esta avaliação resultará em estudo aprofundado a respeito do esporte, que exige do intelecto do jogador.

“Com os dados coletados e desenvolvimento da pesquisa, será possível aprimorar o projeto, até mesmo para que, no caso de a diretoria da DGAP entender que o Xeque-Mate no Crime é viável, ele possa ser expandido para as demais unidades de Goiás”, complementa Silvio Santana.

O Projeto Xeque-Mate no Crime é iniciativa da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), por meio da Gerência de Educação, Módulo de Respeito e Patronato, pertencente à Superintendência de Reintegração Social e Cidadania (Supresc), e a CPP de Luziânia, pertencente a 3ª Coordenação Regional Prisional da DGAP.

Redação / Diário de Goiás

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