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Notícias do Estado
| Em 2 anos atrás

Projeto do novo Plano Diretor de Pirenópolis prevê ações contra alagamentos na cidade

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Com o objetivo de diminuir os riscos e conter alagamentos causados por grandes tempestades na cidade de Pirenópolis, o projeto do novo Plano Diretor do município prevê ações contra os prejuízos provocados pelas chuvas. Todos os anos, o grande volume de água, recorrente em épocas de chuva, provoca alagamentos e vários estragos.

Na última quinta-feira (15), a tempestade provocou uma cabeça d’água na cachoeira Meia-Lua. A força da água derrubou uma ponte de madeira do distrito Capela do Rio do Peixe, e causou vários outros estragos pela cidade. Pensando nestas questões, especialistas, como o geólogo Silvio Mattos, do Instituto de Desenvolvimento Tecnólogico do Centro-Oeste (ITCO), propuseram algumas medidas, discutidas com a população nas audiências públicas para o Plano Diretor.

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Zona de proteção

Segundo o geólogo, uma das medidas para amenizar os reflexos das enchentes seria a criação de uma zona de proteção de paisagens, que evita a ocupação sem ordem e a alta densidade em declividades acima de 15%. A ação já foi incluída no projeto. “É uma forma de garantir a preservação de morros e encostas mantendo a vegetação destas áreas conservadas para que sejam evitados os alagamentos”, destaca. 

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Silvio explica que as ações previstas no projeto são, inclusive, mais rigorosas que a legislação federal. No projeto, o limite de ocupação é de 15%, mas a legislação federal permite até 30% de declividade. Para a elaboração dos estudos para a definição da zona de proteção de paisagens foi preciso mapear todas as áreas de declividade urbana em Pirenópolis.

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“De forma preventiva estamos planejando ocupações na zona urbana em áreas com até 15% de declive em áreas de maior adensamento, e até 25% em locais específicos. E para Áreas de Preservação Ambiental (APP’s) a proposta é de acatar ocupações em áreas acima de 25% de declive”.

Faixa de preservação

Além da zona de proteção, a prosposta conta também com a faixa de preservação permanente do Rio das Almas. No Código Florestal Federal está previsto apenas 50 metros de área de proteção para rio e 30 metros para córregos. De acordo com o geólogo, o projeto pretende ampliar essa proteção. “A proposta é alcançar uma faixa de APP de 100 metros a partir da margem do rio, e fazer a recuperação e revegetação das matas ciliares do Rio das Almas, além de uma faixa de APP de 50 metros nos demais córregos e cursos d’água na  área urbana”, ressalta.

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Ainda tratanto de prevenções contra enchentes e alagamentos, outra ação discutida no projeto é a criação de uma faixa de transição lindeira, na área de preservação ambiental do Rio das Almas e outros córregos de 100 metros. Segundo Mattos, essa faixa de transição “aumenta a permeabilidade do município e a infiltração de água das chuvas, melhorando a drenagem urbana como um todo”, explica.

Sílvio Mattos acrescenta que será instituído também um projeto de drenagem urbana sustentável para o município, que atualmente, não conta com essa iniciativa. “Pirenópolis não tem um projeto de drenagem urbana, com a previsão de construção de poços de infiltração, bacias de retenção para reduzir os alagamentos provocados pelas enchentes”, completa.

Prevenção de alagamentos

O projeto visa ainda a criação de ações mais amplas de estratégias de proteção e medidas emergenciais, em casos de alagamentos e enchentes, como os consórcios e comitês de bacias do Rio das Almas e Rio do Peixe. A iniciativa é para que os gestores criem medidas para promover ações que fomentem, por meio de incentivos fiscais, boas práticas ecológicas e de conservação.

A ação deve incluir também programas de educação ambiental e coletas de resíduos sólidos, entre outras medidas para proteger os rios e córregos da região.

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