Projeto de revitalização do centro de Goiânia
Um projeto de revitalização do centro de Goiânia foi apresentado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, na quinta-feira (26). O documento propõe ações conjuntas do Governo de Goiás e da Prefeitura de Goiânia para incentivar o comércio e reformar o visual do setor.
Entre as propostas estão a redução de alíquota do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para imóveis no centro e a isenção total do imposto para comércios 24 horas na Rua do Lazer. Além disso, consta no projeto a retirada de vendedores ambulantes na região e a regularização do comércio informal para que este não concorra com o comércio instalados.
A restauração da Praça do Trabalhador e Estação Ferroviária, com recursos do Governo Federal, também faz parte do projeto. Com o objetivo de impulsionar a criação de estacionamentos verticais, propõe-se o aumento em 100% do IPTU para estacionamentos térreos e a redução em 10% para estacionamentos verticais, de acordo com o número de pavimentos.
Foco econômico
O superintendente executivo de Assuntos Metropolitanas da Secima, Marcelo Safadi, explicou em entrevista ao Diário de Goiás que a revitalização tem foco econômico. “Quando um lugar começa a ficar deprimido economicamente, começa a perder também seu patrimônio histórico”, afirmou.
O fenômeno de sucateamento do centro não é exclusivo de Goiânia. Isso acontece, segundo o superintendente, porque os centros inicialmente abrigavam vários serviços públicos que aqueciam o mercado local. Com a crescente migração desses serviços para outras regiões, os centros vão ficando vazios e desvantajosos comercialmente.
Marcelo Safadi defende que para restaurar o orgulho goianiense do centro de sua cidade é preciso incentivar a atividade econômica, que por sua vez vai atrair a população ao setor: “Todo lugar que tem atividade econômica está resolvido. O problema todo é quando você tem a casa fechada, o prédio vazio, a loja para alugar, a falta de pessoas. A depressão econômica é o primeiro sinal da destruição de uma paisagem urbana”.
Reutilização do espaço
O superintendente comentou também os imóveis abandonados no centro, que prejudicam a imagem do setor e são reflexo da recessão econômica. Um desses imóveis é o prédio localizado no cruzamento da Avenida Goiás com a rua 2, que deveria ser a sede da Caixa em Goiânia mas foi impedido pela prefeitura por não ter estacionamento.
“Esse é um caso clássico. Esse é um excelente prédio, por exemplo, para o [programa] “Minha Casa, minha vida”. Esse prédio está pronto para o Minha casa, minha vida, sem estacionamento”, defendeu. Para o gerente, o imóvel poderia ser comprado por estudantes e pessoas que não utilizam veículos automobilísticos.
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Veja o vídeo da entrevista completa:
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