O ministro da Economia, Paulo Guedes deu sinais que a partir do segundo semestre irá acelerar o programa de privatizações na agenda do governo. Por conta dos debates em relação a Reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara durante esta semana, as privatizações estavam sendo conduzidas a passos lentos. A ideia agora é colocar marcha nos debates que prometem mudar o perfil da economia no país, caso o programa seja consumado. Um levantamento realizado, indica que o programa de desestatização do governo poderá render até R$ 450 bilhões. As informações são do Estadão.
Segundo informações do Estado de São Paulo, o resultado inclui 132 participações acionárias diretas e indiretas da União, com potencial para negociação no mercado, valores mínimos da cessão onerosa das áreas do pré-sal e duas rodadas de licitações do petróleo e gás natural. Tudo isso deverá ocorrer ainda este ano. Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e BNDES, neste primeiro momento, estão fora do programa de desestatização de Paulo Guedes.
As estimativas de arrecadação oriundas deste programa são animadoras segundo o ministro da Economia: ele fala na possibilidade de arrecadar 1 trilhão, mesma estimativa que Guedes usou para promover a reforma da Previdência. Salim Mattar, secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado, ligado ao Ministro da Economia é menos animado. Ele previu no passado algo entre R$ 700 bi a R$ 800 bi, mas segundo a publicação já trabalha com um número bem menor: R$ 635 bilhões, acrescentando R$ 115 bilhões em outorgas de concessões e imóveis.
Se for considerada as previsões do mercado financeiro, o Bradesco BBI, braço de investimento do grupo calcula que seja possível arrecadar R$ 470 bi nas desestatizações federais. O Banco Credit Suisse, prevê R$ 400 bi.
De acordo com a publicação, se conseguir atingir os planos, o governo irá realizar o maior programa de privatizações da história. O Estadão lembra um estudo do BNDES que mostra que 99 operação de desestatização foram efetuadas entre 1990 e 2015, rendendo um total de R$ 54,5 bilhões. Estadão publiciza que caso Guedes tenha seu plano em execução, o Brasil pode se tornar o País com o maior programa de privatizações do mundo.