Os professores que possuem contratos temporários e dão aulas para alunos inseridos na Educação Especial estão em dúvidas sobre seu futuro no Governo do Estado. Ainda não há confirmação da renovação deste contrato o que deverá acontecer apenas após o fim do prazo que os alunos terão de ratificar suas matrículas na rede pública estadual. É o que afirma a Gerente de Educação Especial da Seduc Goiás, Mércia Rosana Chavier em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia na manhã desta terça-feira (26/01).
Chavier destacou ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, que nenhum aluno aluno inserido na Educação Especial ficará sem apoio pedagógico e que após à confirmação das matrículas, haja vista que podem haver transferências de unidades e baixas devido à conclusão do Ensino Médio. “Temos até o dia 26, hoje, para que os alunos confirmem suas matrículas nas unidades educacionais, somente depois dessa confirmação na unidade escolar é que se faz a previsão do número de profissionais que vamos precisar. Os alunos podem ter se transferido e não voltar para fazer a matrícula”, pontuou.
Mércia pontua que após haver essas confirmações, os professores efetivos da rede pública tem prioridade para o remanejamento. Após isso, os então servidores que tinham seus contratos temporários, serão procurados. “Nós terminamos o ano [2020] com 2.995 profissionais. Então, nós estamos esperando fechar. Temos os profissionais efetivos da rede que estão nessa função. Todos eles têm prioridade na lotação, somente depois da lotação dos efetivos, é que chamamos os temporários para renovação ou novos contratos.”
ENTREVISTA – MÉRCIA ROSANA CHAVIER – GERENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DA SEDUC GOIÁS
Altair Tavares: Como fica a renovação de contratos de professores da Educação Especial que venceram no ano passado. Porque não foram renovados?
Mércia: Temos até o dia 26, hoje, para que os alunos confirmem suas matrículas nas unidades educacionais, somente depois dessa confirmação na unidade escolar é que se faz a previsão do número de profissionais que vamos precisar. Os alunos podem ter se transferido e não voltar para fazer a matrícula. Hoje nós fechamos o sistema e temos o panorama geral do número de profissionais que vamos precisar. Mas o mais importante de tudo é informar à todos os ouvintes que nenhum aluno público da educação especial que necessitam do profissional de apoio pedagógico ficará sem esse serviço. Isso é uma garantia da professora Fatima Gavioli e do doutor Ronaldo Caiado, nosso governador.
AT: Em termos quantitativos, a senhora quer dizer que precisa definir esse quantitativo?
Mércia: Exatamente, nós terminamos o ano com 2.995 profissionais. Então, nós estamos esperando fechar. Temos os profissionais efetivos da rede que estão nessa função. Todos eles têm prioridade na lotação, somente depois da lotação dos efetivos, é que chamamos os temporários para renovação ou novos contratos.
AT: Como os profissionais da educação especial vão trabalhar com a questão da educação remota e à distância, sendo que naturalmente esse tipo de aluno precisa de um atendimento diferente.
Mércia: Esse serviço já foi ofertado ano passado de forma remota, então nossos profissionais de apoio pedagógico já estão com a prática, o exercício e o know-how dessa atividade. Eles entram em contato com as respectivas famílias com o planejamento elaborado pelo professor regente. Orienta essas famílias ou o próprio educando em como desenvolver essas atividades. Fazem proposições de flexibilização das atividades ou dos recursos. Todo esse contato pode ser feito via whatsapp, chamas de vídeos, orientações por telefone, mensagens gravadas. Alguns profissionais no interior, pela proximidade, eu recebi fotos desses profissionais indo até a casa de alguns alunos onde era rota do professor. Com todo o cuidado, utilizando o sistema de proteção individual, esses profissionais faziam visitação à esses alunos para entrega de material, para explicar atividades, sanar dúvidas das famílias, fazer com que esses alunos seguissem participando das atividades, como todos os demais colegas.
AT: Pode ser então que a educação não precise da mesma quantidade de professores para o ensino especial que tinha no ano passado?
Mércia: Não, eu acho dificil que isso ocorra. Temos as saídas dos alunos que concluem o ensino médio, mas também temos a entrada de novos alunos. Eu não acredito que haja uma variação tão grande para dispensa de um número significativo de profissionais de apoio pedagógico. Temos uma média de 2995 profissionais e estamos na perspectiva de um número muito aproximado. Eu não acredito que haja uma grande variação desse número.
AT: Mas porque que não manteve o atendimento em janeiro, considerando que professor tem que se preparar, organizar, talvez até manter a expectativa que ele continue na rede pois ele pode até buscar outras opções?
Mércia: Nós estamos na perspectiva desse número de profissionais. Alguns, pela própria lei, podem fazer 2 anos de renovações. Os profissionais, inclusive, de apoio pedagógico efetivos e de contratos tem até o dia 30 para inscrição e o curso será aberto em EAD para capacitação desses profissionais. Alguns profissionais podem não ter tido o seus contratos renovados de imediato porque precisamos da confirmação da matrícula desses alunos. A matrícula desses alunos é que é o disparador da contratação desses profissionais. Mas nos próximos dias, isso deve estar tudo certo, inclusive prevemos esses números, porque abrimos 13 mil vagas, para essa formação continuada nos próximos dias. Será um curso, aproveito até para divulgar, para os profissionais de apoio pedagógico. Um curso de formação, tratando muito bem as funções que ele deve desempenhar junto ao seu estudante. É um curso que vai ter 40 horas, em EAD, e todas as coordenações regionais receberam o link para as inscrições. É um curso tanto para efetivo e temporários.