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Categorias: Cidades
| Em 7 anos atrás

Professor defende curso da UFG “Golpe de 2016” após críticas de vereador

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Um dia após a apresentação de uma moção de repúdio contra o curso de extensão da UFG “Golpe de 2016 e a Universidade Pública Brasileira”, na Câmara Municipal, e uma representação pelo mesmo motivo no Ministério Público Federal (MPF), o professor do curso, Adão José Peixoto, defendeu a universidade como um espaço democrático e alegou que a motivação do vereador foi para ganhar notoriedade.

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O vereador Oséias Varão (PSB), autor da moção e da representação no MPF, criticou ontem ao Diário de Goiás que o curso não vai ser dirigido por professores de visões divergentes, mas vai dar uma única interpretação dos fatos e falsa, segundo ele. Além disso, o parlamentar alegou que o curso vai fazer campanha eleitoral para Lula e o PT.

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Em entrevista ao Diário de Goiás, o professor respondeu haver outros espaços na universidade que podem apresentar outra versão dos fatos a serem debatidos no curso. Contudo, segundo ele, cada vez mais a sociedade tem a consciência de que o que aconteceu em 2016 foi um golpe.

“O vereador, na minha opinião, está querendo notoriedade. Se ele quer notoriedade, que ele o faça mais no trabalho da Câmara. Ele deve se preocupar é com o caos da saúde, do transporte coletivo, com o problema da coleta de lixo em Goiânia”, repreende Adão.

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 “A universidade também tem que discutir as questões contemporâneas. Não é porque o Lula é candidato que não devemos tratar”, argumenta, negando qualquer viés partidário no curso. O foco do curso, ele explica, será debater as implicações do golpe de 2016 para o estado de direito.

Adão José Teixeira informou que o curso se inspirou na disciplina da UnB com tema similar, intitulado “Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Em fevereiro deste ano, a disciplina foi criticada pelo Ministério de Educação (MEC), o qual anunciou que vai acionar a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e o MPF para apurar suposta improbidade administrativa.

“Entendemos que essa atitude do MEC caracteriza uma atitude antidemocrática e inconstitucional, pois a Constituição garante, no art. 207, a autonomia didático-científica das universidades”, defendeu o professor.

Além da disciplina na UnB e o curso na UFG, a Unicamp também vai oferecer nesse semestre curso livre de nome “O golpe de 2016 e a Educação no Brasil”.

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