A Polícia Científica de Goiás concluiu que o solvente utilizado em impermeabilização de sofá teria causado o incêndio em prédio de Valparaíso de Goiás, que resultou na morte de um casal e um bebê, em agosto deste ano. De acordo com o delegado Bruno Van Kuyk, o produto foi adquirido pela internet e é altamente tóxico.
“É um produto mais pesado que o ar. É um gás inodoro, ou seja, não tem cheiro. Ele se concentra nas partes baixas, além de ser inflamável e tóxico. De modo que, quando houve o acúmulo e a fagulha, ocorreu, de fato, o flashover que gerou a explosão e o incêndio”, explicou o major do Corpo de Bombeiros, Maurílio Correa, ao G1.
O produto foi comprado, segundo o delegado, no Mercado Livre, e aplicado por um prestador de serviço que não cobrou pelo trabalho. De acordo com a polícia, o homem não era um técnico habilitado e foi indiciado por incêndio culposo.
Segundo o major Maurílio Correa, à reportagem do G1, a recomendação é que o produto seja comercializado “exclusivamente para técnicos habilitados, profissionais qualificados, e que não seja vendido de forma tão arbitrária na internet”.
O perito criminal Fernando Lerbach disse que a queda ocorreu de forma acidental. “A mãe se desequilibrou com o bebê nos braços, o pai tentou segurá-la, a tela de proteção se rompeu e os três caíram”, explicou.
De acordo com o perito, conforme publicado pelo G1, a família havia cortado a tela para tentar respirar um pouco de ar. Nesse momento, a mãe, que estava perto da janela com o bebê nos braços, perdeu o equilíbrio. O pai tentou ampará-la, segurando na tela de proteção, mas a tela se rompeu.
Luiz Evaldo Lima, Graciane Rosa de Oliveira e o bebê do casal, de apenas 23 dias de vida, eram moradores do sétimo andar do prédio onde o acidente aconteceu, e morreram em função da queda causada pelo incêndio.