A Polícia Civil do Estado de Goiás divulgou na última semana o balanço de produtividade referente a 2014. De acordo com a Polícia, houve um crescimento considerável em relação ao ano anterior. Para o delegado-geral da PC-GO, João Carlos Gorski, o resultado atendeu às expectativas e metas traçadas para 2014.
“Foi um ano muito bom para a Polícia Civil e o resultado do trabalho apresentado, consequentemente, foi fruto de investimentos feitos pelo governo do Estado na instituição e motivado também pela dedicação de todos os policiais civis”, afirma o delegado-geral.
Conforme o levantamento, foram realizados 24.329 autos de prisão em flagrante (APF), cerca de 16,7% maior que o número de 2013, quando foram feitos 20.850 procedimentos. Em relação aos autos de apreensões em flagrante (AAF), que envolve menores de idade, foram realizados 1,135 procedimentos no ano passado. O percentual de crescimento é de 32,6% em relação a 2013, quando foram feitas 856 apreensões.
Os Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO’s) e Boletins de Ocorrência Circunstanciados (BOC’s) também tiveram aumento. Os registros de TCO’s, classificados como de menor potencial ofensivo, chegaram ao número de 37.048 em 2014 e 30.452 em 2013, o que aponta um crescimento de 21,7%. Já em relação aos BOC’s, o crescimento foi de 16,1%. Em 2014 foram registrados 9.833 boletins e em 2013, 8.472.
O delegado-geral também explica que as políticas de segurança implementadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) foram fundamentais para o aumento da produtividade, levando em consideração os três pilares que devem ser combatidos: roubos, drogas e homicídios.
“Foram cerca de 800 novos policiais civis, o que permitiu uma soma de esforços considerável para a solução de crimes em todo o Estado. Estabelecemos uma meta específica, que é exatamente fazer uma repressão mais forte para identificar e prender os criminosos que matam, traficam e roubam”, destacou.
Para João Carlos Gorski, o tráfico de drogas é o responsável pelo aumento da criminalidade e violência no Estado, uma vez que homens, mulheres e jovens são “encorajados” a cometer crimes para continuar consumindo as substâncias.
“Demos uma atenção muito especial às investigações em torno do tráfico e uso de drogas para poder ajudar a estancar outro crimes, em especial os homicídios e os roubos em geral, como os de veículos e residências”, destaca.
Para comprovar o aumento da produtividade referente ao combate do tráfico de drogas, o levantamento aponta que a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) apreendeu aproximadamente 14 toneladas de maconha, cocaína, pasta base de cocaína e outras. No entanto, a Denarc conta com o auxílio dos Grupos de Repressão a Narcóticos (Genarc’s), que atuam no interior de Goiás.
De acordo com o delegado-geral, as metas para 2015 são diferentes. Os pilares de investigação e maior combate continuarão em roubos, drogas e homicídios, mas foram realizadas algumas alterações em delegacias especializadas este ano para que a Polícia Civil passe a contar com maior produtividade.
“Já demos início à implementação de novas ações na área da Polícia Civil, visando a obtenção de resultados positivos neste ano. Fizemos uma ampla mudança nas delegacias especializadas. Essas mesmas delegacias já tinham dado boas respostas em suas áreas específicas de atuação, mas mudanças permitem nova postura de trabalho e incentivo capaz de proporcionar maior dedicação profissional”, finaliza.