A produção industrial teve alta de 0,2% em novembro em relação a outubro, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (5). É a terceira alta consecutiva do indicador.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,7%, menor do que a variação observada em outubro (5,6%), mas a sétima alta consecutiva no indicador.
No acumulado em 12 meses encerrado em novembro, a alta foi de 2,2% -o melhor resultado desde setembro de 2013 (2,3%).
A indústria foi um dos primeiros setores a sentir a crise que atingiu a economia brasileira mais fortemente a partir de 2014.
Neste ano, a indústria iniciou um movimento de recuperação, ainda que lenta e gradual, da sua produção.
Quando considerada a variação mês após mês, a produção da indústria teve comportamento errático no primeiro semestre, com altas intercaladas por quedas. Mas desde setembro que a produção registra altas consecutivas.
Em outubro passado, o indicador havia variado também 0,2%. Em setembro, a alta havia sido de 0,3%, na comparação com o mês imediatamente anterior.
A alta de novembro esteve um pouco menos disseminada que no mês anterior -12 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE registraram crescimento na produção. No mês anterior haviam sido 15 setores com variação positiva.
Os destaques estiveram nos segmentos de produtos farmacêuticos (alta de 6,5%), metalurgia (2,2%), alimentos (0,7%) e papel e celulose (2,3%).
Na ponta oposta, das maiores perdas no mês, os destaques negativos foram as bebidas (-5,7%), roupas (-5,8%), máquinas e equipamentos (-1,4%) e veículos, reboques e carrocerias (-0,7%).
Entre as chamadas grandes categorias econômicas, houve melhora em duas das quatro investigadas pelo IBGE, com destaque para bens de consumo duráveis, que tiveram alta de 2,5%. Bens intermediários tiveram alta de 1,4% em novembro.
Os chamados bens de capital, que são as máquinas voltadas ao setor produtivo, não registraram variação em novembro, após alta de 1,1% em setembro. O indicador é importante termômetro do investimento da indústria e estava baseado principalmente no aumento das vendas de caminhões, tratores e carrocerias.