O Ministério Público Federal no Rio investiga se a Polícia Civil fluminense atuou de forma irregular na apreensão de fuzis no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na última quinta-feira (1º).
Descrita como a maior apreensão de armas de uma só vez do país, na ação foram apreendidas 60 armas de guerra mais diversas munições, entre elas, 45 AK47, 14 AR10 e uma G3. O armamento estava escondido entre cargas com aparelhos de aquecedores para piscina.
O Ministério Público Federal quer saber por que a Polícia Federal não participou da operação, já que o aeroporto internacional é área sob controle da PF.
Ao justificar a instauração da investigação, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro, disse que “evidentemente não é a apreensão de armas em si o centro de nossas preocupações, uma vez que entrada ilegal de armas, inclusive as de grosso calibre, pelas fronteiras do país, especialmente aeroportos e portos, destinam-se, em regra, a fortalecer o crime organizado, com ênfase nas facções criminosas que dominam o tráfico de substâncias entorpecentes e que, neste cenário, o Estado perde eficácia em seu dever de combater o crime. A questão é compreender em que circunstâncias a operação foi deflagrada e quais são seus antecedentes”.
Na instauração da investigação, o MPF afirma ainda que o Departamento de Polícia Federal encontra no setor aeroportuário brasileiro, “senão a mais importante, uma de suas principais áreas de atuação, agindo contra práticas de repercussão interestadual e internacional, para prevenir e combater, dentre outras práticas ilícitas, o contrabando e o descaminho”.
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro terão cinco dias para prestar esclarecimentos.
A Polícia Civil não comentou a investigação até a publicação deste texto. (Folhapress)
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