Nos últimos dias ao circular por Goiânia percebe-se que em vários postos de combustíveis espalhados pela cidade, aumentaram os preços. Em alguns locais o preço do litro da gasolina comum está próximo dos R$ 4,00. O Procon Goiás iniciou fiscalização nos estabelecimentos para identificar se há ou não prática abusiva de preços.
Uma das alegações colocadas pelos proprietários de postos é de que há baixa no estoque do etanol, refletindo no preço da gasolina. No entanto, o gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon Goiás, Gleidson Tomaz, explicou que na gasolina há percentual de etanol anidro e não de etanol hidratado que é vendido nas bombas. Ele ressaltou que esta justificativa será analisada em toda a cadeia, desde as usinas chegando até o consumidor final.
“Na gasolina temos um percentual de etanol anidro e não de etanol hidratado que é vendido nas bombas. Independente se o preço é livre ou não, mas elevar o preço do produto sem justificativa é prática abusiva. Toda a cadeia será investigada, não só os postos, mas as usinas serão notificadas, as distribuidoras”, afirmou.
Gleidson Tomaz informou que o cidadão pode colaborar informando locais que estão sendo praticados preços abusivos. Ele ressalta que serão analisados diversos detalhes para que o consumidor não seja prejudicado.
“Fica um alerta para o consumidor, que pode ligar no telefone 151 para que a gente possa incluir este posto que possa ser fiscalizado também, caso não esteja na lista. Esse primeiro levantamento é para apurar qual foi a variação do aumento e depois ao identificar essa variação de cada posto, vamos identificar e pedir que as empresas apresentem não só a nota fiscal de compra e venda, mas também a planilha de custos destes postos”, destacou.
O gerente do Procon ressaltou que da forma como ocorreu o aumento, o consumidor acabou ficando sem saída, pois além do preço da gasolina comum, o preço do etanol hidratado também sofreu aumento.
“Ainda que a resposta seja um problema de safra da cana de açúcar, impactaria no preço do etanol, caso esse etanol tenha sofrido uma elevação, é claro que a competitividade entre a gasolina diminuiria e muitos consumidores passariam a abastecer com a gasolina, só que essa elevação do etanol não deu opção para o consumidor porque no mesmo instante foi aumentado o etanol e a gasolina, mantendo-se sempre a diferença de um real, ou seja, nossa principal investigação é entender qual a justificativa que os postos tem para aumentar os preços”, explicou Gleidson Tomaz.
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