O prisioneiro Kenneth Smith, de 58 anos, foi executado no Alabama, nos Estados Unidos, na quinta-feira (25). O método utilizado para cumprir a pena de morte do condenado foi a asfixia com nitrogênio, método inédito no país. Segundo a governadora do Alabama, Kay Ivey, Smith havia sido declarado morto por volta das 23h25.
Assim como previsto pelo estado do Alabama, os agentes colocaram uma máscara no rosto de Smith, fazendo com que ele inalasse nitrogênio 100%, resultando na morte por falta de oxigênio.
A execução foi acompanhada por cinco jornalistas, que afirmaram que o condenado a morte parecia estar consciente durante vários minutos. De acordo com eles, Smith se contorceu na maca por aproximadamente dois minutos, tentando respirar fundo, até que começou a desacelerar. O comissário penitenciário do Alabama, John Hamm, afirmou que parecia que Smith estava “prendendo a respiração o máximo que pôde”.
Documentos judiciais das autoridades do estado diziam que, com a asfixia por nitrogênio, Smith ficaria inconsciente em menos de um minuto, morrendo segundos depois. Entretanto, não foi o que aconteceu. Segundo Hamm, o condenado tentou lutar, passando por uma “respiração agoniante”.
Pena de morte
Kenneth Smith sobreviveu a uma tentativa de aplicação de injeção letal, porque as autoridades não encontraram uma veia “boa” para aplicar o veneno. Devido a falha no primeiro método, o Alabama resolveu submeter o condenado a asfixia por nitrogênio, sendo esta a primeira vez que o método foi usado no país.
O Alabama é o terceiro estado a autorizar o uso da execução, juntamente com Oklahoma e Mississipi.
O homem foi condenado à pena de morte por ter matado uma mulher em março de 1988, assassinato encomendado pelo marido dela, que suicidou tempos depois. Smith foi condenado no Alabama em 1996.