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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara dos Deputados, afirmou que a prioridade do partido neste momento é consolidar uma aliança nacional com o PSB e o PCdoB em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O que nós queremos é construir com PCdoB e com PSB uma estratégia nacional comum”, afirmou durante uma reunião da executiva nacional do PT em Belo Horizonte neste sábado (9).
Em relação ao PDT, a intenção de Lula é firmar um pacto de não-agressão com Ciro Gomes, pré-candidato ao Planalto pelo partido.
O encontro das lideranças petistas ocorre um dia após o lançamento da pré-candidatura de Lula, também em Minas Gerais, na noite de sexta (8). Segundo Pimenta, a eleição presidencial é o norte do PT e, a partir das alianças partidárias em nível nacional, será feita a discussão estado a estado.
“O centro estratégico eleitoral do PT neste ano é a vitória nacional, é a eleição do presidente Lula. Portanto, todo debate que ocorrerá nos estados obrigatoriamente terá que estar subordinado a esta estratégia”, disse.
Ainda de acordo com o deputado, o partido priorizará os estados onde PT, PSB e PCdoB já são governo, mas ele admite que a estratégia nacional petista deve esbarrar em realidades diferentes regionalmente.
“Essa nossa estratégia não passou perto de analisar caso a caso nos estados. Cada estado terá que analisar de maneira criteriosa como que se traduz essa estratégia nacional na sua realidade”, disse.
Em Pernambuco, por exemplo, a pré-candidata do PT ao governo, Marília Arraes, resiste em desistir para apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB). Em entrevista na sexta, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que serão necessárias conversas para que as candidaturas estaduais também viabilizem a aliança nacional.
Já em Minas Gerais, onde o governador Fernando Pimentel (PT) concorre à reeleição, o pré-candidato do PSB, Márcio Lacerda, já formalizou uma aliança com o PDT, de Ciro.
Para os pedetistas, a intenção é ter um palanque para Ciro no segundo estado com maior colégio eleitoral. PSB e PDT mantêm conversas em mais de dez estados, o que pode consolidar uma aliança nacional. No PSB, porém, há também quem defenda a neutralidade no primeiro turno, mas a corrente de apoio ao PT parece minoritária.
“Vamos aguardar como o PSB vai se movimentar a partir da resolução do PT”, afirmou Pimenta. Ele disse que os petistas não têm a pretensão de unificar todo PSB em sua aliança.
Para o PDT, contudo, trazer o PSB também é prioridade. Lacerda, inclusive, é cogitado como vice tanto na chapa de Ciro, como na de Lula.
O PT também trabalha com as hipóteses de Josué Alencar (PR) e Manuela D’Ávila (PcdoB) para vice. Os dois nomes foram mencionados por Pimenta, embora o deputado diga que é cedo para essa definição. “Equilibra a chapa ter um nome de outro partido”, afirmou.
O deputado afirmou também que a candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado em Minas Gerais também é uma das questões centrais na estratégia nacional do PT.