SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A princesa Mako de Akishino, filha do imperador do Japão, anunciou neste domingo (3) seu noivado com um plebeu, tendo em vista o casamento que vai excluí-la da família imperial, em consequência de uma polêmica lei que não é aplicada aos homens.
Mako, 25, está “muito feliz” e disse “ter consciência desde a sua infância que teria que abandonar o status real com o casamento”.
“Fazendo o meu melhor para ajudar o imperador e cumprindo os meus deveres como membro da família imperial, cuidarei da minha própria vida”, disse ela em entrevista coletiva ao lado do seu noivo.
Mako conheceu Kei Komuro na universidade. O jovem de 25 anos, que trabalha em um escritório de advocacia, disse que pediu a princesa em casamento há mais de três anos.
O noivado deveria ser anunciado em julho, mas a notícia foi adiada em respeito pelas vítimas fatais das inundações no sudoeste do Japão.
Um funcionário da Casa Imperial disse que o casamento acontecerá após o verão de 2018.
Mako é um dos quatro netos reais. Os outros três são sua irmã mais nova, Kako, seu irmão, Hisahito, e a filha do príncipe herdeiro Naruhito, Aiko.
A população real, cada vez menor, que reflete o amplo envelhecimento da sociedade japonesa, tem aumentado as preocupações de que o príncipe possa também ser o último.
FAMÍLIA REAL
O imperador Akihito e seus dois filhos se casaram com plebeias, que agora integram a família imperial.
O imperador Akihito, que sucedeu em 1989 seu falecido pai Hirohito, expressou em agosto do ano passado o desejo de abdicar por sua idade avançada e uma lei está sendo preparada para que possa fazer isso em favor de seu filho, o príncipe herdeiro Naruhito.
O primeiro imperador a não ser considerado divino disse em uma rara aparição pública temer que a idade dificultasse o cumprimento de suas funções. Aos 83 anos, tele já passou por uma cirurgia do coração e tem sido tratado por um câncer de próstata.
Depois de Naruhito, seu irmão, o príncipe Akishino, e o filho deste, Hisahito, 10, são os possíveis sucessores.
Mas depois não há mais herdeiros masculinos e linha de vários séculos de sucessão masculina pode ser interrompida se Hisahito não tiver um filho.