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Categorias: Política

Primeiro encontro de Iris e Marconi com críticas e provocações pessoais

Fotos: Cileide Alves e Fabiana Pulcineli, de O Popular

Se o calor tem assustado os goianos nos últimos dias, a disputa eleitoral entre Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) no segundo turno da disputa pelo governo estadual também tem aumentado a temperatura. E esse clima quente dominou o primeiro encontro entre os governadoriáveis no segundo turno, em debate realizado nesta segunda-feira (20) pela Rádio CBN e pelo Jornal O Popular.

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Logo no primeiro bloco, os adversários trocaram acusações ao responder questionamento feito por ouvintes sobre a situação da CELG e a venda da Usina de Cachoeira Dourada, durante governo peemedebista. Iris garantiu ter construído a quarta etapa da Usina e também a Usina de São Domingos. “Instituímos o programa Fomentar e construímos estradas. Foi a infraestrutura para dar início ao desenvolvimento de Goiás. Sempre me coloquei como defensor número um da CELG pois enxergava nela o maior indutor do desenvolvimento de Goiás”, disse.

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Já Marconi definiu como “o maior crime contra o Estado” a privatização da Usina de Cachoeira Dourada.

Ainda no primeiro bloco, Marconi foi questionado por ouvintes sobre investimentos em propaganda durante os seus governos. Segundo ele, 75% desses recursos foram para campanhas educativas como combate a Aids, DST e dengue, além da divulgação da Balada Responsável. “Tudo o que fizemos está na legislação e nós não escondemos nada”.
Iris, no entanto, definiu o gasto como “criminoso”, “que não se justifica” e foi questionado por Marconi. Segundo ele, o peemedebista, durante o seu tempo como prefeito, gastou R$ 100 milhões em propaganda.

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Terceirização de frota

Os candidatos também foram perguntados sobre supostas irregularidades no aluguel de veículos para a Secretaria de Segurança Pública. Iris garantiu que, se eleito, vai investir em frota própria e citou a compra de caminhões de lixo quando foi prefeito da capital. “Sete meses de aluguel é o suficiente para pagar um carro zero km”, disse.

Marconi, ao contrário, defendeu a terceirização. “Se foi uma coisa que fizemos bem feito foi a terceirização da frota de viaturas da segurança”, argumentou, ao dizer que os policiais sofriam com carros velhos e sem estrutura.

Ainda na área da Segurança Pública, Iris citou a escolha de Ronaldo Caiado como secretário da pasta em um eventual governo seu e apontou como a saída para a crise no setor. Já Marconi disse estar satisfeito com o atual secretário e estar “resolvendo com responsabilidade os problemas de criminalidade em Goiás”.

Promessas não cumpridas

Os blocos mais quentes do debate, no entanto, foram quando os candidatos perguntaram diretamente aos seus oponentes. Iris criticou Marconi por, supostamente, não cumprir as promessas feitas em campanha. O tucano reagiu e definiu o ex-prefeito de Goiânia como “craque em promessas não cumpridas”. “O senhor prometeu resolver o transporte coletivo de Goiânia em seis meses”, criticou.

Já Iris afirmou que o governo tucano “começou a se movimentar agora para enganar o povo em época de eleição”. Marconi também questionou seu adversário sobre hospitais construídos por ele no Estado. O peemedebista disse ter terminado o seu governo há mais de 20 anos e “seu nome resiste até hoje pelas obras feitas”.

Marconi disse que Iris não foi capaz de citar as cidades em que construiu hospitais. Ao reagir, o peemedebista afirmou que Marconi não tem moral para criticá-lo e que “em 70% dos municípios goianos ele não se assentou um tijolo”.

Caso serial killer

O governador Marconi Perillo, no bloco com perguntas dos jornalistas da Organização Jaime Câmara, foi questionado sobre a prisão do suposto “serial killer” de Goiânia e os desencontros da polícia durante a investigação. A jornalista Fabiana Pulcineli, que fez a pergunta, lembrou que a investigação chegou a descartar a existência de um matador em série e outras pessoas chegaram a ser presas pelos crimes hoje assumidos pelo jovem

Ao responder, Marconi disse que não tinha dúvida de que essa situação seria resolvida e elogiou as forças de segurança pelo trabalho. Ele garantiu que, em nenhum momento se tentou criminalizar as vítimas. “O que eu vi foi uma emoção muito grande. A polícia resolveu o problema. Devíamos ficar aliviados. A polícia goiana é muito boa e respeitada”.

Renovação do PMDB e “Rei Mandão”

Em uma crítica direta a Iris Rezende, no último bloco de perguntas entre candidatos, Marconi questionou Iris sobre a renovação do PMDB e acusou o peemedebista de não abrir espaço para novas lideranças, citando Vanderlan Cardoso, Henrique Meirelles e Júnior Friboi, que pleitearam candidatura ao governo pela sigla. Iris garantiu que Meirelles – ex-presidente do Banco Central – não queria ser candidato e culpou Marconi pela não candidatura de Júnior Friboi por críticas que teriam sido feitas pela base aliada a ele.
Marconi, na réplica, citou outros nomes que, segundo ele, foram obrigados a sair do partido por descontentamento com Iris.

Ainda com críticas diretas, Marconi questionou Iris sobre o “Rei Mandão”, personagem que tem sido utilizado na campanha eleitoral do peemedebista e que, segundo ele, o representaria. Iris disse que o personagem foi criado com inspiração em Marconi e que o “castelo dele” estaria caindo.

Comparação entre governos

Já no fim do debate, Marconi propôs a Iris uma comparação entre os dois estilos de governar, se definindo como o mais moderno entre os dois. Ele criticou Iris por ter construído escolas de placa e perguntou porque ele não fez “obras bem feitas”. Iris garantiu que a construção dessas escolas foi uma necessidade, há época, e que ainda hoje elas atendem a população. Ele ainda criticou a postura de Marconi em relação aos professores. Segundo ele, “a classe está sendo desconsiderada por Marconi”.

O tucano rebateu e propôs aos profissionais da educação mais antigos uma reflexão sobre os dois governos.

 

 

 

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Wellington Borges

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