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| Em 4 anos atrás

Primeiro dia do embarque prioritário mostra ônibus com menos passageiros e aglomerações na porta do Terminal Praça da Bíblia

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O embarque prioritário para passageiros do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia que trabalham em serviços essenciais começou a valer a partir desta terça-feira (23/03) e o Diário de Goiás acompanhou como foi a experiência no Terminal Praça da Bíblia. A Live do DG que esteve presente no local você poderá acompanhar na íntegra ao final desta matéria.

A cena era inusitada e peculiar: um ônibus do Eixo Anhanguera com todos os passageiros sentados e cadeiras vagas. Às 06h45 da manhã de uma terça-feira. Isso causaria estranheza em qualquer passageiro que utiliza o transporte coletivo no cotidiano. Ao lado do veículo da Metrobus, um outro carro de uma linha alimentadora também apresentava o mesmo cenário. O embarque prioritário para trabalhadores de serviços essenciais parece ter dado certo no sentido de coibir aglomerações nos horários de pico. Ao menos pela manhã de hoje.

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Mas na porta do Terminal Praça da Bíblia, as pessoas não conseguiam entrar nos Terminal. Alguns reclamavam que não estavam sabendo. Outros, que fizeram o cadastro, apresentando suas justificativas, mas foram barrados. “Eu fiz o cadastro, olha aqui ó”, mostrou o comprovante de cadastro, a cuidadora de idosos Luciene, para o repórter do Diário de Goiás, Thyago Humberto. “É um absurdo o que estão fazendo!”, desabafou.

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O Uidemarcos trabalha num posto de combustível em frente ao Praça da Bíblia e disse não ter feito o cadastro por falta de informação. “Não cadastrei porque eu trabalho a noite. Eu trabalho nesse posto da frente. Sai 6 horas e tenho que esperar até agora porque não houve nenhuma veículação. Todo mundo foi pego de surpresa. Deveria ter avisado com antecedência para que as pessoas pudessem fazer o cadastro. Agora, trabalho a noite inteiro, chego aqui e tenho que ficar esperando… Só as 7h15”, destacou.

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Com aproximadamente 2 minutos de atraso em relação às 07h15, as catracas foram liberadas. O cenário foi muito parecido no Padre Pelágio, onde também foram observados pequenas aglomerações na porta, mas dentro, um terminal com menos pessoas.

*Redemob faz boa avaliação do sistema*

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A gerente do sistema Sitpass do Redemob Consórcio, Flávia Tillmann falou com a equipe do Diário de Goiás sobre as reclamações apresentadas pelos passageiros na manhã desta terça-feira (23/03). Na avaliação dela, “problemas pontuais” podem ser apresentados nesses primeiros dias, porém, o resultado geral é de “sucesso”.

“Nós podemos afirmar que o cadastro é um sucesso e que o sistema está funcionando bem. Hoje nós já temos mais de 68 mil clientes cadastrados, a maioria deles é na área de saúde”, destacou. “Nós estamos alguns casos pontuais mas que precisamos de maiores informações para cruzar com nossa base de dados. Uma informação que a gente tá reiterando é que é indispensável que a pessoa que fez o cadastro, ela use o cartão dela. Se ela usar o cartão de terceiros, o sistema não vai funcionar”, alertou.

Segundo Flávia, mais de 28 mil cadastros passarão por uma avaliação pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) juntamente com o RedeMob Consórcio para verificar se de fato, são trabalhadores essenciais. É o caso de Luciene, que apesar de cuidadora, não tem vinculo formal com o empregado. “Ela pode apresentar uma declaração do empregador, da pessoa que ela está trabalhando”, explicou.

Sobre o problema apresentado por Uidemarcos, Flávia explicou que a gestão de comunicação do sistema de embarque e desembarque tem sido feita pelo Governo do Estado, mas que o cadastramento continua e o frentista poderá se cadastrar a qualquer momento. “Essa comunicação toda está a cargo do Governo do Estado de Goiás, mas o cadastro ainda está aberto e elas poderão se cadastrar a qualquer momento. A partir do momento que ela se cadastrar, em até 1 hora, o cadastro vai estar liberado para uso nesse horário de pico”, explicou.

Por fim, a gerente ressalta que apesar dos problemas existirem, é normal que sejam apresentados, e também solucionados. “É normal que no sistema como um todo existam problemas pontuais como esse caso que falamos agora à pouco, mas que todos eles serão tratados e resolvidos”, concluiu.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.