A previsão de deficit fiscal maior que o projetado para 2018 trouxe mais turbulência para o mercado financeiro que o ataque dos Estados Unidos à Síria, na noite de quinta-feira (6). A Bolsa brasileira fechou em leve alta, distante das máximas do pregão. O dólar também avançou.
Nesta sexta-feira (7), a equipe econômica de Michel Temer anunciou que as despesas do governo no próximo ano irão superar os gastos em R$ 129 bilhões, acima dos R$ 79 bilhões previstos anteriormente.
O Ibovespa ganhou 0,57% e terminou o dia a 64.593. Nas máximas do dia, a Bolsa chegou a avançar quase 2%. Na semana, o saldo é negativo.
O resultado do dia foi sustentado pelas altas de Petrobras e Vale. As ações preferenciais da estatal avançaram 1,16%, a R$ 14,70, enquanto as ordinárias ganharam 0,58%, a R$ 15,37.
As ações da Vale fecharam no positivo depois de dois pregões de forte queda. Os papéis preferenciais avançaram 0,98%, a R$ 27,57, enquanto os ordinários ganharam 0,83%, a R$ 29,15.
Nos Estados Unidos, as Bolsas perderam força no final do dia e fecharam perto da estabilidade. O índice Dow Jones recuou 0,03%, a 20.656 pontos, o S&P 500 caiu 0,06%, e o Nasdaq, 0,02%.
A moeda americana registrava queda ante o real até o anúncio do deficit previsto para o próximo ano, mas inverteu a direção e fechou com valorização. O dólar comercial (referência em operações de comércio exterior) avançou 0,15%, a R$ 3,1510. O dólar à vista (usado pelo mercado financeiro) ganhou 0,52%, a R$ 3,1311.
No mercado de juros futuros, investidores foram guiados pelo resultado da inflação de março. Apesar da alta nos preços de energia, o IPCA (inflação oficial) acumulado em 12 meses ficou em 4,57%, próximo da meta de 4,5%.
O contrato de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 9,806% para 9,76%. O vencimento janeiro de 2026 cedeu de 10,36% para 10,25%. (Folhapress)