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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Pretos e pardos ganham, em média, 55,5% do rendimento dos brancos, diz IBGE

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 Os trabalhadores pretos e pardos são maioria entre os desempregados, domésticos e ambulantes e ganham menos do que os trabalhadores brancos do país. A conclusão é de levantamento sobre as características da força de trabalho dessa população divulgado nesta sexta (17).

De acordo com o IBGE, os pretos e pardos tiveram, no terceiro trimestre, rendimento médio de R$ 1.531 no Brasil, o equivalente a 55,5% da renda mensal dos trabalhadores brancos, que foi de R$ 2.757. Foi a terceira maior diferença desde 2012, quando o IBGE iniciou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio).

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No terceiro trimestre de 2013, o rendimento de pretos e pardos chegou a 57,6% do dos brancos, a menor diferença no período pesquisado. A maior foi no quarto trimestre de 2016, quando o percentual chegou a 44,7%.

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“É possível verificar que pessoas pretas e pardas estão sempre em desvantagem no mercado de trabalho. Têm maior dificuldade para entrar e, quando entram, recebem salários menores”, comentou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

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Os dados do IBGE mostram que o percentual de pretos e pardos com carteira assinada pelo setor privado (71,3%) é menor do que a média (75,3%) e que, em geral, esse grupo é maioria em grupamentos econômicos que pagam menores salários, como Agricultura, Construção, Alojamento e alimentação e Serviços Domésticos.

Entre os domésticos, por exemplo, 66% dos trabalhadores no terceiro trimestre de 2017 se declararam pretos ou pardos. O mesmo percentual foi verificado entre trabalhadores ambulantes.

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Pretos e pardos também são maioria entre os trabalhadores subutilizados, aqueles que trabalham em vagas com jornada inferior a 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais, representando 65,8% dos 26,8 milhões de brasileiros que se encontram nesta situação.

Por outro lado são minoria entre aqueles que se declaram como empregadores, representando apenas 33% dessa categoria.

“O Brasil já conhece essa diferença, mas é importante reforçar que ela existe que não vem se dissipando ao longo dos anos”, concluiu Azeredo.

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