O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), afirmou que irá se licenciar do cargo a partir desta terça-feira (24), até que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre as denúncias contra o ministro, publicadas em reportagem nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Vamos aguardar a manifestação do Ministério Público com toda a tranquilidade, porque estou consciente que não cometi nenhuma irregularidade e muito menos qualquer ato contra a apuração da Lava Jato. Apoiei a Lava Jato. Enquanto o MP não se manifestar, arguardo fora do Ministério. Depois disso, caberá ao presidente Temer me reconvidar ou não”, afirmou em entrevista no Congresso Nacional.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem que diz que em conversas, gravadas em março, Romero Jucá teria sugerido ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um pacto para impedir o avanço da Operação Java Lato sobre o PMDB.
Ainda nesta segunda-feira, Jucá irá protocolar um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para que seja avaliada qualquer ilegalidade na gravação que comprometa a permanência de Romero no cargo. Também no pedido de licença, Jucá informa que irá reassumir o mandato de senador e continuará na presidência do PMDB.
Agora, o Ministério de Planejamento será comandado pelo secretário-executivo Dyogo de Oliveira. Romero Jucá ainda afirmou que a decisão de se licenciar foi pessoal, apenas de ter dito mais cedo, em entrevista coletiva, que não iria se afastar do cargo.
Também em entrevista coletiva, o ministro negou a tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. “Nunca cometi e nem cometerei qualquer ato para dificultar qualquer operação, seja Lava Jato, ou qualquer outra. Da minha parte, sempre defendi e explicitei e apoiei com atos a Operação Lava Jato. A política terá uma outra história depois da Operação Lava Jato”, disse.
Com informações da Agência Brasil