Estão detidos três suspeitos de terem algum tipo de participação no latrocínio do delegado aposentado Célio Cassimiro Tristão. Ele foi morto no Residencial Guarema, em Goiânia e o carro dele foi levado do local pelo autor e encontrado pela Polícia Civil em um lavajato no Conjunto Itatiaia, também na capital.
Dos três suspeitos, dois são funcionários do lavajato onde a Polícia Civil localizou o veículo da vítima: um Cobalt cor prata. O terceiro foi localizado a partir de imagens captadas próximo a este lavajato. A participação de cada um deles não foi revelada pela polícia para não atrapalhar as investigações. O carro foi encontrado já lavado por dentro e por fora.
“Conseguimos localizar o veículo. Temos três pessoas que foram detidas e autuadas em flagrante. Não podemos mencionar qual a participação de cada, pois temos ainda diligências a serem realizadas e muito provavelmente tenhamos mais pessoas a serem identificadas nos próximos dias. Eles estão sendo investigados, estamos analisando imagens existentes na região que o veículo foi localizado no lavajato. Eles têm envolvimento de uma forma ou de outra com o crime. A participação de cada um vai ser verificada no decorrer da investigação. Pretendemos concluir em 10 dias”, explica o titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais- DEIC, Kléber Leandro Toledo.
Conclusão do caso
De acordo com o delegado as investigações estão adiantadas, mas para que ocorra a conclusão do caso ainda há a necessidade de se tentar identificar se há outras pessoas envolvidas além de laudos dos Institutos: Médico Legal (IML) e de Criminalística para indicar outros pontos que possam ajudar num melhor entendimento de como foi a sequência dos fatos.
“Nós temos que identificar se existem outras pessoas envolvidas, e qual a participação de cada uma delas. Precisamos de laudos periciais do Instituto Médico Legal que vai atestar a causa da morte e também laudo pericial do Instituto de Criminalística que vai talvez nos trazer a dinâmica do fato, como ocorreu no interior da construção e também do projétil que foi localizado no interior desta construção, qual é o calibre e tentar localizar a arma a ser utilizada neste crime. Temos todas estas diligências a serem realizadas e a divulgação prematura das informações daquilo que já fizemos poderá atrapalhar na continuidade das investigações”, destacou.
Entenda o caso
O delegado Célio Cassimiro Tristão foi morto na tarde da última terça-feira (29) no Residencial Guarema. De acordo com Kléber Toledo, a vítima foi até um lote de propriedade dele. No local ele estava conversando com um pedreiro que trabalhava numa construção ao lado do lote.
Célio queria contratar o pedreiro para fazer alguns serviços no lote. Poucos minutos depois, um homem passava pela rua a pé e se aproximou. Ele deu voz de assalto. Estava armado, possivelmente com um revólver calibre 38. O delegado disse que a chave do carro estava dentro da construção. Ao entrar no interior do imóvel, o bandido deu um tiro na nuca de Célio.
“O que aconteceu dentro da casa, se houve reação, se não houve. Se estava armado, se o bandido viu a carteira dele de policial, é mera especulação. Ainda não temos condições de afirmar o que aconteceu dentro do imóvel. Podemos afirmar que a vítima encontrava-se com o pedreiro no lote da vítima, ao lado da construção. O autor do crime se aproximou, anunciou assalto, pediu a chave do veículo e o celular. A vítima mentiu para o ladrão dizendo que os bens encontravam dentro da construção, o que de fato não se encontrava, estava em posse dele. Ainda não sabemos por que a vítima tomou esta ação”, afirmou o delegado Kléber Toledo.
Célio Tristão ainda foi atendido pelos Bombeiros, foi levado para o Hugol, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu após três paradas cardíacas.
Força Tarefa
A morte do delegado causou grande comoção na Polícia Civil. Agentes, escrivães, delegados de diferentes áreas se mobilizaram para colaborar com as investigações.
“Esses crimes naturalmente chocam. Um delegado aposentado, experiente, querido no meio policial, a classe se mobiliza para resolver o caso o mais rápido possível”, relatou o titular da DEIC.