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Categorias: Cidades
| Em 7 anos atrás

Presos suspeitos de falsificar cheques de desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás

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Ary Medeiros da Cunha Júnior, Welton Joaquim Gonçalves, Domingos Rodrigues de Faria foram presos por estelionato e receptação. De acordo com a Polícia Civil, Ary e Welton são suspeitos de atuar em uma gráfica no setor Aeroviário, em Goiânia e teriam falsificado dados de um desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás. Jarbas teria comprado pelo menos 12 folhas falsificadas de um total de 63. Domingos também foi pego comprando folhas de talões de cheque.

“Quem é que vendia esses cheques? Como conseguiam esses cheques? Era através do Ary e do Welton, os quais vendiam esses cheques, por meio de uma oficina gráfica que é de propriedade do Ary. Eles utilizavam essa oficina para camuflar a venda desses cheques. O Jarbas foi um dos clientes”, explicou a chefe do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC), Mayana Rezende.  

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A delegada destacou que algo que chamou a atenção foi a idade dos suspeitos. Três deles com idade superior a 60 anos, sendo dois acima de 70 anos: Jarbas e Domingos. Eles não levantavam nenhum tipo de suspeita. Apresentam fala mansa e uma aparência muito pacífica.

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Ary e Welton são suspeitos de roubar cheques originais que seriam entregues pelos Correios a uma agência bancária e depois seriam encaminhados aos clientes. Mayana Rezende informou que a polícia conseguiu localizar 13 talões que seriam usados para fraudes.

“Na oficina gráfica nós conseguimos apreender 13 talonários de cheques que foram roubados em dezembro. Imagine qual poderia ser o prejuízo aos comerciantes em que esses cheques estavam sendo descontados”, afirmou. Mayana disse que os suspeitos cometiam diversos tipos de fraudes.

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Cada folha era vendida por R$ 15,00. Já o talonário era comercializado de R$ 200,00 a R$ 300,00 dependendo do cliente que fazia a solicitação. Os suspeitos compravam produtos diversos no comércio e usavam os cheques para pagar os bens.

Comércio

Em relação a fraude cometida com os dados do desembargador que não teve o nome revelado pela polícia, os suspeitos foram a diversos comércios. Eles usaram 63 folhas. Os comerciantes não conseguiram fazer a compensação dos cheques. O prejuízo apurado até o momento pode chegar a quase R$ 500 mil.

“Para o comerciante é complicado. Ao consultar o nome do banco há uma certa credibilidade.  Agora o alerta fica. O suspeito chega com cheque preenchido sempre com valor a maior da compra, idoso, fala mansa, ainda pede um valor para voltar. Nenhum dos comerciantes conheciam os estelionatários, então confiaram demais para chegar a voltar um troco em relação ao cheque”, ressaltou Mayana Rezende.

A Polícia Civil ainda identificou José Pereira Neto que também participa da comercialização dos cheques fraudados. Ele é suspeito por colocar no mercado os cheques que foram falsificados a partir dos dados do desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás.

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