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Categorias: Cidades
| Em 7 anos atrás

Preso homem que torturava e mantinha companheira em cárcere privado

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Um homem, de 31 anos, foi preso no município de Pirenópolis por torturar e manter em cárcere privado, sua companheira, de 39 anos. A polícia chegou até ele, por meio de uma denúncia anônima.

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Segundo informações da Polícia Civil, a investigação começou na última quarta-feira (19), quando foi recebida a denúncia, que também foi enviada por e-mail por uma Delegacia de Polícia do Distrito Federal. O e-mail continha fotos da vítima lesionada e o endereço onde as agressões ocorriam. A Polícia tentou libertar a vítima, no entanto, o autor, desconfiado da ação, fugiu levando a companheira.  

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O Delegado Ariel Martins solicitou que peritos do Núcleo Regional da Polícia Técnico-Científica de Anápolis revistassem a residência, e ao que tudo indica, havia substâncias espalhadas na casa como sangue e droga (possivelmente cocaína).

“Ainda na quarta-feira, por volta das 20h, mesmo encerrado o expediente da delegacia, recebemos uma ligação da própria vítimas e inclusive eu quem atendi. Ela dizia que tudo estava bem e ainda questionava porque a polícia havia entrado em sua casa. Eu não a conhecia e não sabia se aquela voz era dela mesma, mas se caso fosse, se não teria sido obrigada a tanto. Enfim, eu apenas respondi que se tudo estivesse bem, que ela comparecesse então na delegacia para esclarecermos a situação e que nada mais seria tratado por telefone”, disse o delegado.

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No dia seguinte, a polícia passou a monitorar o autor dos crimes e descobriram que eles estavam nas redondezas da Vila Jaiara, em Anápolis, porém, sem a localização exata. Um irmão do autor também morava na região e passou a ser observado também.

“Fui até Anápolis. Tendo em vista que o número de investigadores em Pirenópolis é pequeno, os deixei coletando mais informações na cidade. Solicitei ao Delegado responsável pelo Grupo de Investigação de Homicídios (de Anápolis) que me cedesse um investigador e fui atendido prontamente. Também repasse informações a policiais militares do 28° Batalhão da Polícia Militar, que fica na Jaiara, a fim de tomarem ciência do caso e ajudarem a prendê-lo, caso estivessem em patrulhamento e visse o autor circulando por lá”, ressaltou Ariel Martins.

Ao informar a Justiça da situação, com parecer favorável do Ministério Pública, foi decretada a prisão preventiva do autor, que enviava áudios e fotos da vítima para outras pessoas.

Em um dos áudios supostamente enviados pelo autor através do aplicativo WhatsApp, ele dizia que: “Ela já tomou banho… tá quietinha… só quebrei um facão nas costas dela… pus pimenta [nas partes íntimas dela] e tudo. Dei uma sossegada boa nela, mas assim já tá de boa, tomou banho, nós já tamos conversando já, tá de boa”.

Na madrugada de sexta para sábado foi confirmada a informação de que a vítima havia sido levada para a casa do irmão do autor. Com a colaboração do Grupo Tático, foi efetuada a prisão do autor no local e a vítima foi resgatada.

Na delegacia, o irmão do autor e sua companheira disseram que não desconfiaram das agressões, pois trabalham e não ficavam muito tempo em casa. De acordo com os depoimentos, o autor ligava o som e mantinha a vítima dentro do quarto.

A vítima foi levada ao hospital, onde passou por exames periciais. Ela foreu uma perfuração nas nádegas, aparentemente ocasionada por uma faca (ou objeto semelhante) e apresentava diversos hematomas que teriam sido provocados por golpes com a lateral da lâmina de um facão.

Segundo a vítima, os planos do autor eram de comparecer na segunda-feira (dia 24) com ela na delegacia e dizer que estava tudo bem, a fim de evitar qualquer consequência da Lei Penal. A vítima também afirmou que teve oportunidade e pensou em matá-lo, mas com receio de eventuais consequências disso, desistiu.

A vítima já havia registrado em 2016 uma ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal, por conta de ameaça e agressões leves do autor, ocorridas em Pirenópolis. Contudo, ele teria feito a vítima desistir de prosseguir com aquela denúncia.

  

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